quinta-feira, 29 de outubro de 2015

BATISMO NO ESPIRITO SANTO EM LINGUAS:

 (29/10/15)
QUANDO comecei a falar em outras línguas! 
Não estou me referindo ao batismo com o Espírito Santo; reconhecido por alguns pentecostais somente quando acompanhado do dom de línguas. Jesus disse que o batismo com Espírito Santo é virtude (sopro) vinda do céu, revestimento de poder, e pode vir acompanhado de dons ou não. “E recebereis a virtude do Espírito Santo, e serão minhas testemunhas” (At 1:8).
Não havendo intérprete, Paulo até desencoraja o falar línguas à Igreja; recomendando que se deva pedir antes o dom de profetizar; e fala da edificação, de um e outro, na vida da igreja (I Co 14:4-6). Na Nova Dispensação “profetizar” significa pregar a Palavra, às vezes desvendando o futuro. Não como os oráculos do passado, quando pregavam numa espécie de transe espiritual sem controle. Hoje os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Podendo falar ou se calar (I Co 14:32). Estranhamente, e na contra mão de Paulo, alguns ministérios só ordenam presbíteros (anciãos) se estes falarem línguas estranhas.
Quando a Bíblia diz: “selados com Espírito Santo”; também não está se referindo ao batismo com o Espírito Santo e o falar línguas, conforme interpretam alguns pentecostais. O selo do Espírito Santo o crente recebe quando crê em Jesus e aceita a palavra da verdade, o evangelho da salvação; pois este selo é o penhor (garantia) da salvação recebida e a ser consumada na vinda de Jesus (Ef 1:13, 14).
Doutra maneira, os que não falassem em línguas estranhas não teriam a salvação garantida; aliás, já se acreditou nisto. Nós tínhamos o hino 199, onde cantávamos: “Cristo salvou-me, tenho certeza, Me CONFIRMOU Deus, o Criador”; além da incoerência, pois aquilo que se tem certeza não precisa de confirmação, o fato é que se referia ao “falar línguas” como confirmação.
Salvação é obra consumada por Cristo e dispensa confirmação; mas corrigiram essa interpretação equivocada, e agora cantamos: “Cristo salvou-me, tenho certeza, Por Sua obra de redenção” (hino 162). A obra de redenção é fato consumado, e dispensa confirmação. Não depende de emoções ou manifestações exteriores; mas de receber como dom gratuito, por meio da fé que é dom Deus (Rm 6:23; Ef 2:8, 9).
Outro equívoco é dizer que quando alguém fala em línguas estranhas está falando na língua dos anjos. Quando Paulo disse “ainda que eu falasse na língua dos homens e dos anjos” (I Co 13:1); ele está se referindo aos idiomas falados pelos homens, pois no pentecostes falaram línguas conhecidas e, numa analogia, se refere ao idioma possivelmente usado entre os anjos.
O dom de línguas é um sinal não para os fieis, mas para os infiéis (I Co 14:22). Ele se fez necessário em duas ocasiões especiais: No dia de pentecostes em Jerusalém, aos judeus e prosélitos como sinal do cumprimento da profecia de Joel; mostrando que Jesus era o Messias da Nova Aliança (Joel 2:28-32; At 2:14-36). Uma segunda ocasião foi na casa de Cornélio a fim de que os judeus entendessem que os gentios passavam a fazer parte do Novo Pacto (At 10:46, 47). Quando alguém só crê no perdão se o pecador falar línguas, se coloca na posição do infiel que precisa deste sinal.
Comecei a falar em “outras línguas” quando deixei a linguagem ultrajante, sarcástica, de piadas indecentes, murmurações e maledicências; músicas sensuais e linguajar que desagradam a Deus. A minha língua então, encheu-se de cânticos (Sl 126). E passamos, eu e Deus, a falar a mesma língua da graça e do perdão em Cristo.

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