quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O AMOR:

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (06/02/15)
AMOR: Uma palavra de múltiplos significados na língua portuguesa, e uma mistura de sentimentos que podem ser facilmente confundidos. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, atração, paixão, conquista, desejo, libido, interesses. O conceito mais popular de amor envolve a formação de um vínculo emocional com algo ou alguém. Assim, pode-se amar uma pessoa, ou um objeto como o dinheiro.
Na língua grega entendemos melhor a palavra amor porque existem três importantes definições: A palavra Ágape define o amor incondicional de Deus por suas criaturas. Na versão corrigida de Almeida (I Co 13) traduziu-se esta palavra “Ágape” inapropriadamente para “caridade”, que na língua portuguesa traz embutido outros conceitos, como ajudar o próximo; isto se deu porque foi traduzida da Vulgata latina e da palavra “caritas”.
Mas o próprio contexto ajuda a esclarecer: Paulo diz que a pessoa pode distribuir bens, e até oferecer o seu corpo em sacrifício, e ainda assim não ter caridade (amor). Outras versões traduziram corretamente a palavra Ágape. As outras duas formas para definir o amor na língua grega é “Phileo”, uma afeição “amor amizade”; e “Eros” que define a atração entre um homem e uma mulher.
Em nosso meio cristão costuma-se dizer que somos um povo “cheio de amor”; quando se propaga isso como um “marketing” para atrair pessoas, já está provado que não se trata do amor ágape, o amor incondicional desinteressado que não busca seus interesses, mas é demonstrado em atos e obras, e não espera recompensa nem louvor.
Quando há um enfermo de família “importante” ou ministerial, as visitas são tantas que impressionam os profissionais de saúde, e as famílias tem que regulamentares horários de visitas; mas quando visitamos um irmão, pobre e sem muitas referências, a coisa muda. Isto é amor?
Quando um jovem ministro “muito amado” foi enxotado de sua igreja por um “sinédrio” que ignorou todas as orientações Bíblicas que devem ser observadas num “julgamento disciplinar”; todos se calaram. Isto é amor? Apenas uma família e meia dúzia acompanhou o servo e o apoiou; mesmo arriscando sua reputação. Isto é amor. O amor não folga com a injustiça.
Conheci um casal de jovens, recém-casados na época, e com uma filhinha; bem situados financeiramente, que era disputado no final dos cultos para o costumeiro lanche ou refeição. Não havia uma festa em que não eram convidados; mas um dia a jovem esposa cometeu um deslize, e ai, os amigos sumiram todos. Ela virou uma estranha na igreja, parece que tinha uma doença contagiosa. Era amor?
Mas num dos cultos, a filhinha escapa e sobe ao púlpito, o ancião a toma nos braços, brinca com a criança e para que todos ouçam chama a irmã carinhosamente e entrega a filha sorrindo de modo que todos entendessem a mensagem. Isto é amor.
Claro que a disciplina se faz necessária em casos graves, principalmente quando se torna público, ela tem dois objetivos: Levar o penitente a uma reflexão e arrependimento; e mostrar aos demais que certos desvios de conduta não podem fazer parte da Congregação dos salvos; postos como luz do mundo.
Este casal considerou que mudar de cidade seria a melhor solução para um recomeço, para reconstruir suas vidas, e assim o fizeram. No dia da mudança nenhum dos antigos amigos festeiros compareceu. Era amor? Mas um casal que não fazia parte do círculo de amigos e festas; esteve com o casal e orou com eles. Isto é amor. O amor que procede de Deus é cheio de misericórdia; nunca falha (I Co 13:8).

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