quarta-feira, 14 de outubro de 2015

RESSURREIÇÃO DE JESUS

(14/10/15) JESUS RESSUSCITOU num domingo de Páscoa! Isto dito tantas vezes parece verdade, e o povo acostumado a seguir a tradição confiando cegamente na liderança religiosa jamais examina o assunto. Ora, nem domingo havia quando Jesus ressuscitou; além disso, a Páscoa é uma festa móvel e cai em qualquer dia da semana. Foi muito tempo depois, no dia 7 de março de 312 de EC que o imperador Constantino decretou o ‘dies solis’, “dia do sol” (domingo) como dia de descanso no Império Romano; e foi somente no ano 325, no 1º Concílio de Nicéia que o domingo seria confirmado como dia de descanso cristão. Convicções e crenças à parte, mas não temos como mudar a história. Portanto, Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana, conforme citam os evangelhos, e não se trata de mera questão semântica; na verdade muda toda a maravilhosa história relacionada à Páscoa judaica e a ressurreição de Cristo. Jesus não poderia ter ressuscitado no dia da páscoa porque Ele veio para morrer exatamente como o Cordeiro da Páscoa, portanto, Ele morreu a 14 de Nisã do ano 33 de EC, do calendário hebraico [que neste ano começou com o por do sol de ontem]; ficando na sepultura, de onde saiu somente 3 dias depois (Mt 12:40). A Páscoa é a celebração da libertação de Israel do cativeiro Faraônico sob a liderança de Moisés. Ela está diretamente ligada aos Israelitas da Nova Aliança [os cristãos] porque, Jesus, ao ser oferecido como o Cordeiro da Páscoa, trouxe libertação a todos os cativos pelo pecado; sendo ao mesmo tempo, o Moisés Maior; o libertador prometido por Deus. Contudo, a Páscoa não é uma comemoração válida para os cristãos; caducou com o Antigo Pacto. A cristandade acabou adotando símbolos pagãos na comemoração da páscoa, como os ovos tingidos que tem sua origem séculos antes da EC; um costume surgido entre os nórdicos para festejar a deusa da primavera Ostara; e emblema da fertilidade, da vida germinante no princípio da primavera. O coelho tem sua origem na festa em louvor ao sexo [a fertilidade]. Foi no século XII que a cristandade absorveu tais celebrações pagãs, adotando o ovo e o coelho como símbolos da Páscoa. Trocaram o Cordeiro pelo coelho. A Enciclopédia Britânica comenta que não há indícios da observância da festividade de Easter [páscoa em inglês] quer no Novo Testamento quer nos escritos dos “pais apostólicos”. A Enciclopédia católica, por sua vez, diz que muitíssimos dos costumes pagãos, celebrando a volta da primavera, foram associados à Easter. Separar “dias santos” era uma ideia alheia à mente dos primeiros cristãos. O livro as “duas Babilônias” explica que a Easter, não é outra coisa senão Astarte, da Caldéia, e um dos títulos de Betis, a rainha do céu, mencionada por Jeremias, a qual o povo de Deus ofertou bolo nas ruas de Jerusalém (7:18). Os bolinhos quentinhos marcados com uma cruz, na “sexta feira da paixão”, e os ovos tingidos, do “domingo da páscoa”, constavam dos ritos dos caldeus exatamente como agora. A celebração da Páscoa judaica consistia no Matzá (pão não fermentado); Zeroá (pedaço de osso simbolizando o cordeiro); Maror e Karpass (raiz e erva amarga lembrando a escravidão); contudo, com o tempo os judeus acrescentaram Charousset; feita com nozes, passas, maçã e vinho tinto (representando a argamassa) e o ovo simbolizando a vida. Israel, enquanto nação comemora a libertação da escravidão do Egito, mas perdeu a mensagem principal inserida na comemoração: Cristo é a nossa Páscoa (I Co 5:7).

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