PIERRE VALDÈS, ou Pedro Valdo (1140-1220), um homem notável! Do qual o mundo não era digno e que por certo faz parte da galeria dos heróis da fé descritos em Hebreus 11, que estão no memorial de Deus. Pedro Valdo era um católico sincero que viveu em fins do século 12 de Era Cristã, em Lyon, uma das cidades mais bonitas no sudeste da França.
Era um rico comerciante e, desconfiado de que o clero mentia ao povo financiou as primeiras traduções de partes da Bíblia para diversos dialetos locais, e assim o povo comum, que não tinha acesso às Escrituras, foi tomando conhecimento de verdades gloriosas então retidas pelo clero.
Mas ele não ficou nisso. Como não tinha o coração nas riquezas materiais, deixou o seu lucrativo negócio, ficando apenas com o necessário para seu sustento, e dedicou-se como pregador itinerante do evangelho; indo de casa em casa, no lombo de animais, atravessando vales e montanhas da França, levando a boa nova de salvação.
Muitos outros católicos sinceros, também desgostosos com o clero corrupto, acompanharam Pedro Valdo tornando-se também pregadores itinerantes. Mas não demorou muito e Valdo teve que enfrentar a hostilidade por parte do clero local, que persuadiu o papa a banir o testemunho público dele. Um relato sobre este momento decisivo na vida de Pedro Valdo, conta que ele tomou para si as palavras de Pedro, quando confrontado com os religiosos de seus dias disse: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5:29).
Em vista da resistência e determinação de Valdo em prosseguir com sua pregação, ele foi excomungado pelo papa Lúcio III, no Concílio de Verona de 1184. Isto significava que ele era um herege, um apóstata da fé, e havia pecado contra o Espírito Santo. Era de uma crueldade inominável.
Em 1207, tentando conter o avanço do grupo de seguidores de Pedro Valdo, o papa Inocêncio se dispôs a recebê-los de volta se eles se submetessem às autoridades da Igreja Católica; e como a pressão era muito grande sobre o perigo em pecar contra a “Santa Madre Igreja”, alguns retornaram, mas os outros prosseguiram na “rebeldia”, que na verdade significava obediência a Deus; e em 1214 foram excomungados.
Com a morte de Valdo o trabalho e o ânimo não se arrefeceram, e os discípulos de Pedro Valdo, apelidados de “Valdenses”, uma maneira sutil de impingir-lhes a pecha de seguidores de Valdo; prosseguiram indo de casa em casa, sempre em dois, dando testemunho de Cristo com destemor.
Os Valdenses descobriram que alguns ensinos da Igreja não tinha amparo nas Escrituras, como a crença no purgatório, as orações pelos mortos, à adoração de Maria e as orações aos “santos”, a adoração do crucifixo, as indulgências, a eucaristia e o batismo de bebês; e clamavam pela volta ao cristianismo primitivo.
O que mais questionavam, é que além do Verdadeiro Deus, Jesus era o único que podia receber adoração, porque Deus lhe concedeu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a gloria de Deus Pai (Fp 2:9-11). Foram intransigentes em sua fé e fidelidade às Escrituras, mesmo sendo perseguidos, odiados, e alguns mortos por causa do testemunho.
E observem que a Reforma Protestante veio acontecer apenas 300 anos depois, quando Deus se usou de um clérigo, teólogo e doutor em Escritura, Lutero, para enfrentar o papado. Uma linha de esplendor sem fim na qual estamos inseridos.
iniciou seu movimento por volta de 1174[2] [falta página]. Decidiu encomendar uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou a sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres.
Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, sendo esta a fonte de toda autoridade eclesiástica.
Os valdenses reuniam-se em casas de família ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja Católica. Celebravam a Santa Ceia uma vez por ano. Negavam a supremacia de Roma, rejeitavam o culto às imagens vistas por eles como idolatria e se diziam guardadores da doutrina cristã apostólica. Em virtude de sua recusa em interromper suas pregações, foram excomungados em 1184.
Mesmo após a morte de Pedro Valdo, em 1217, seus discípulos continuaram o movimento, sendo nomeados valdenses. Condenados pelo papado, os valdenses foram perseguidos durante a Idade Média e a Reforma Protestante, quando juntaram-se ao nascente protestantismo no Sínodo de Chanforan em 1532. Desde então, os valdenses subscrevem ao Calvinismo.
Em 1848, foi proclamando o edito de emancipação garantindo liberdade de culto e direitos individuais para os valdenses no Piemonte (então parte do Reino da Sardenha e depois para toda o Reino de Itália.
O crescimento populacional e busca de maior liberdade econômica e religiosa fizeram os valdenses emigrarem em massa no final do século XIX, estabelecendo colônias no Uruguai, Argentina e Estados Unidos. Em 1975, a Igreja Evangélica Valdense, então com 35.000 membros na Itália e 15.000 no Uruguai se uniram com a Igreja Metodista Italiana (com 5.000 membros) para formar a União das Igrejas Valdense e Metodista.
encontrando-se com um trovador que cantava a respeito de um cristão do século IV chamado Alexis. Alexis fora um pagão rico e mimado, filho de um senador romano rico. No entanto, no dia em que Alexis ia se casar, Cristo de súbito abriu caminho em sua vida. Comovido até o mais íntimo do seu ser por causa de seu conversão, Alexis deixou tudo: sua família, suas riquezas e até a sua noiva. Depois de mal levar a roupa que vestia, ele viajou através da Europa até a Síria. Ali passou a maior parte de sua vida orando e jejuando, servindo aos outros e compartilhando o amor de Jesus. Ele suportou pobreza e grandes sofrimentos por causa de Cristo.
Valdo sentiu-se muito comovido com esta história, a qual provocou em seu interior uma crise espiritual. Sentindo sua consciência perturbada, Valdo foi a um sacerdote do lugar à procura de conselho. Ali desabafou, e o sacerdote escutou-o atenciosamente. Depois de várias horas de um sincero intercâmbio de opiniões, o sacerdote pegou sua Bíblia e leu a Valdo o capítulo 19 de Mateus a respeito do jovem rico. “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me” (Mateus 19:21).
Aquelas palavras ressoavam nos ouvidos de
Valdo enquanto se dirigia à sua casa. Sua riqueza deixou de ser uma fonte de felicidade para ele. Para melhor dizer, parecia como uma corrente muito pesada em volta do seu pescoço. Num momento de gozo e alegria espiritual,Valdo decidiu de repente se libertar das pesadas correntes da riqueza. Agora seria um discípulo de Cristo! Desfrutaria dos deleites do tesouro celestial!
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