quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

"O BATISMO NAS ÁGUAS SALVA?"

Arrependam-se e cada um de vocês seja BATIZADO em nome de Jesus Cristo, PARA O PERDAO DO PECADO de vocês. Então receberão o dom do Espírito Santo. Pois esta promessa é para vocês, para seus filhos e para todos aqueles que estão longe e a quem o Senhor, nosso Deus, chamar para si."
COMO ENTÃO O BATISMO NÃO LAVA PECADO?
"Quem crer e for BATIZADO SERA SALVO, mas quem não crer será condenado."MARCOS16.16.
No primeiro caso, o mandamento é "Arrependam-se". Havendo arrependimento é que deverá acontecer um batismo que testifique um perdão de pecados que ocorreu anteriormente.
No segundo caso, igualmente o batismo é precedido pelo ato de crer. "Quem crer e for batizado será salvo", mas apenas "quem não crer será condenado". Não há referência a quem não foi batizado, e boa prova disto é o caso do ladrão na cruz ao lado de Jesus.
Não devemos dar nulidade ao valor que o batismo tem, mas também não podemos dar-lhe uma importância que pertence ao sangue de Jesus.
O batismo é um ato simbólico - porém importantíssimo - onde o crente já salvo por ter crido no Senhor Jesus, confessa publicamente seu ingresso no Corpo de Cristo como membro lavado e remido pelo sangue do Cordeiro.
"Mas se é por graça, já não é pelas obras: de outra maneira, a graça já não é graça." Romanos 11:6 
O ensino de que o batismo regenera o pecador anula completamente a graça de Deus.Pregar esso é querer tentar fazer o homem capaz de coisas que não é, deixando de lado a graça de Deus. Isso destrói o sentido da graça, e faz com que a morte de Cristo seja uma mera teoria que depende do ato humano de obediência,substituindo o trabalho eficaz e completo de Jesus que a palavra ensina(Hebreus 10:10-14).Por tudo isso a regeneração batismal é na verdade uma doutrina errada(I Timóteo 4:1). Quando nos lembramos da verdade fundamental de que o homem está impossibilitado de se salvar, e que a salvação é obra de Deus, então podemos entender o que significa ser justificado pela graça( Tito 3:7 ), com base no sangue de Cristo (Romanos 5:9) e por meio da fé (Efésios 2:8-9).Conseqüentemente estamos justificados pela ação de Deus, e não por qualquer ação nossa. Nunca é dito na Bíblia que somos justificados por meio do batismo em águas. Levando em conta o fato de que as passagens bíblicas afirmam a salvação pela graça, devemos então reconhecer a própria inabilidade humana e a grande habilidade de Deus em nos salvar. 
é comum alguns confundirem a importância do batismo com a idéia da necessidade do batismo. Precisamos entender que o batismo é uma ordenança preciosa do Senhor, e como tal deve ser obedecida. O batismo é símbolo, assim como a ceia do Senhor, de realidades espirituais. 
o batismo representa a salvação que já se efetuou pela fé em Cristo.
É a falta de fé que traz a condenação e não a falta de ser batizado. Nesta passagem ensina-se que a fé é essencial em relação a "ser" ou "não ser" condenado diante de Deus (João 3:18), enquanto que o batismo é um testemunho público aos homens, em relação a salvação que já se efetuou por meio da fé em Cristo. Podemos dizer que a salvação é algo para com Deus e para com os homens, ser salvo diante dos homens é uma questão de demonstrar por atos a mudança que se efetuou interiormente , e diante de Deus é uma questão apenas de crer. O batismo é para os salvos, e só a ausência de fé em Cristo é que condena. "Quem crer e for batizado será salvo, quem não crê será condenado." (Mc 16.16)Não há nenhum versículo dizendo que quem não for batizado será condenado. Com toda certeza seremos salvos por crermos no Evangelho (Rm 1.16, etc.), não pelo batismo. O batismo não é nem mesmo mencionado como parte do Evangelho quando este foi definido em 1 Coríntios 15.1-4. A Salvação é um ato da Graça de Deus, e não um mérito humano, (Ef. 2:8-10;Tt 2:11;3-5). A Bíblia diz que o justo viverá pela fé (Rm. 1:17,Hb 2:4). O Apóstolo Paulo ocupa todo o capítulo quatro de Romanos justificando e provando, que a Salvação é pela fé, e não pelas obras. Somos justificados mediante a fé em Cristo Jesus (Rm 5:1
I Pedro 3:21
Neste versículo é o batismo espiritual ou regeneração que está em vista, porquanto aquilo que nos serve de salvação não é a água que remove impurezas externas, mas a "boa consciência" que indica a impureza interna. O batismo que salva então não é aquele que se aplica "externamente", na carne, mas o que é aplicado pelo Espírito internamente, e este não se repete (Efésios 4:4-6
É através do sangue de Jesus que somos purificados de todo o pecado (1 Jo 1:17),  e é nele que branqueamos nossas vestes (Ap 7:14).
O batismo em águas é a confissão pública da fé no Senhor Jesus Cristo, onde sepultamos - simbolicamente - o velho homem que viveu em pecados e morreu para o mundo, e que agora nasce para uma nova vida submissa à vontade de Deus. Deve-se portanto ter em mente que esta confissão e este sepultamento simbólico vem tornar público aquilo que já aconteceu, no ato da conversão, quando o pecador decidiu entregar-se a Jesus e o recebeu como Salvador.
Não há uma única base bíblica sequer para crermos que o batismo tenha um valor real para remoção de pecados, ou que ele produza uma regeneração espiritual na vida de quem se submete a ele. Crer nesta linha de pensamento chega a ser um atentado contra a doutrina do Novo Nascimento.
Alguém que passou pelas águas batismais e não entregou a vida ao Senhor não passou pelo Novo Nascimento. Se um pecador desce às águas sem conversão, de maneira alguma será limpo de seus pecados, entrará nas águas um pecador seco e sairá um pecador molhado, nada mais. Todavia, se alguém desce às águas depois de entregar-se a Jesus Cristo, antes mesmo do batismo seus pecados já foram perdoados, pois já terá crido no Senhor Jesus, já terá abandonado sua vida de pecados e está pronto para tornar isto público.
A crença na regeneração batismal fundamenta-se na interpretação equivocada de versículos como João 3:5 e I Pedro 3:21.
No primeiro caso, Jesus está instruindo o fariseu Nicodemos sobre a necessidade de nascer de novo dizendo que "aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus". O problema da interpretação aqui é deixar-se esquecer que a água do batismo é uma figura do Espírito Santo que convence o pecador de seus pecados, levando-o ao arrependimento e à entrega pessoal a Cristo, que por sua vez lhe purifica de todo o pecado através do Seu sangue expiador. O "nascer de novo"  aqui não significa ser batizado, mas transformado.No segundo caso, em I Pe 3:21, o apóstolo está parafraseando a salvação da família de Noé sobre as águas do dilúvio e a salvação dos crentes REPRESENTADA (e não causada) pelo batismo. Pedro está dizendo que oito pessoas se salvaram do dilúvio pela água, que como uma verdadeira FIGURA agora nos salva, o batismo. Ele completa esclarecendo que a figura batismal não salva através da remoção da sujeira do corpo, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo.
Não fica difícil compreender o paralelo que Pedro faz entre o dilúvio e o batismo quando fazemos com ele a comparação. Veja: As oito pessoas foram salvas do dilúvio através da água ou da arca que os fez escapar da água? Sem dúvida nenhuma sua salvação foi o resultado da obediência à Palavra de Deus que lhes ordenou entrar na arca. Esta água do dilúvio simboliza o batismo do ponto de vista do pecador dos dias de Noé: quem "entrou na arca" para se salvar foi salvo, quem não deu ouvidos à pregação de Noé foi vítima da ira de Deus. Comparado a este evento, o ato do batismo está nos dizendo que a pessoa a ser batizada já tomou sua decisão de entrar na arca e está agora tornando pública a entrega de sua vida ao Senhor Jesus. Paralelamente, esta pessoa é como uma das oito que entraram na arca e se livraram da ira de Deus.
Mas a relação do dilúvio com o batismo é tão simbólica que nem todos os batizados são salvos. Nem todos nasceram de novo ou tiveram suas vidas transformadas.
O Novo Nascimento é a chave de entrada para o reino de Deus. Apenas um encontro real e pessoal com o Filho de Deus é capaz de transformar a vida de alguém, de tornar um pobre pecador num herdeiro do reino dos céus. Foi assim com o ladrão da cruz ao lado de Jesus, que creu no Senhor mas não pôde ser batizado, e teve garantida sua entrada no Paraíso (Lc 23:43).
Somos regenerados sim, não pela água do batismo, mas pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo (Tt 3:5).
Numa linha de pensamento diametralmente oposta, estão aqueles que crêem tanto que o batismo não é suficiente para salvar que procuram motivos para não se batizar. Chegam a dizer que não precisam do batismo, já que o Novo Nascimento independe dele. Estes, na verdade, ainda não experimentaram o nascer de novo, pois quem teve a experiência da regeneração através duma genuína conversão anseia em tornar isto público através do batismo.
Concluímos que a doutrina da regeneração batismal só deverá ser aceita se deixarmos de crer que quem opera a regeneração do homem é o Espírito de Deus. Concluímos também que o batismo só deverá ser dispensado quando de fato não houve conversão.

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