quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

"DEUS TOMA A SALVAÇÃO DE ALGUÉM?"

As Escrituras nos ensinam que Deus é absolutamente soberano. Como o Deus Todo-poderoso, ele governa o mundo. Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Altíssimo Deus. A ele pertence todo poder e toda autoridade para fazer o que lhe agrade em cima nos céus e embaixo na terra. O mundo e tudo que nele há é o seu mundo. Toda criatura é controlada porsua soberana vontade e poder. Isso foi reconhecido pelo Rei Davi quando ele louvou ao Senhor com as palavras: "Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos" (I Crônicas 29:11).
Visto que Deus é o soberano Deus, de quem o conselho permanece para sempre, cuja vontade não pode ser frustrada e cujo propósito não é anulado, devemos concluir que sua vontade e determinação são soberanamente particulares na salvação. Não pode ser que o homem seja aquele que determina, por sua própria vontade, se ele será ou não salvo. Certamente o homem deve vir a Deus pela fé para ser salvo. Certamente ele deve buscar a Deus, amá-lo e servi-lo, como resultado de um coração desejoso. Porque ele é o infinito Criador que tem o direito e o poder de fazer com suas criaturas finitas exatamente o que lhe agrade—mesmo com respeito ao nosso destino eterno. Assim o apóstolo Paulo diz, "ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou?" (Romanos 9:21-23). Deus é o soberano Oleiro e nós, suas criaturas, somos o barro. Exatamente como um oleiro terreno tem poder soberano sobre o barro, para fazer dele o que lhe agrade, assim Deus soberanamente faz de nós o que lhe agrada.
Quando Deus imparte a sua graça regeneradora num homem, este homem é soberanamente transformado no profundo de seu ser. Aquele que uma vez esteve espiritualmente morto é levantado dentre os mortos. Ele é nascido de novo de cima. Àquele que uma vez não podia nem mesmo "ver o reino de Deus" (João 3:3) é dado olhos para ver, ouvidos para ouvir, e um coração para entender as coisas de Deus e do seu reino. Na regeneração Deus imparte o poder espiritual que capacita o homem a buscar, conhecer e abraçar Cristo e todos os seus benefícios.
O apóstolo nos ensina que o chamado salvífico de Deus é um elo essencial na cadeia inquebrável da salvação. Ele diz: "E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou" (Romanos 8:30). Tão certo quanto um homem deve ser predestinado para ser salvo, ele deve também ser chamado. Pois o povo de Deus são aqueles que "anunciam as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (I Pedro 2:9). Todo verdadeiro filho de Deus foi chamado das trevas do pecado e da morte para a gloriosa luz da salvação de Deus.
A justificação pela fé é uma das maiores bênçãos da salvação que o crente desfruta. Ser justificado significa que alguém é declarado ser justo diante do tribunal de Deus. Embora ele seja um pecador que diariamente quebra a santa lei de Deus, seu estado legal é um de perfeita justiça. Na justificação um homem é contado como sendo livre de toda culpa e condenação. De fato, Deus o considera sendo tão justo como se nunca tivesse pecado e como se tivesse sempre guardado os seus mandamentos perfeitamente.
Quem é verdadeiramente salvo nunca perderá a sua salvação. Isso porque Deus não faz a obra da salvação mal feita, pela metade ou por um tempo, mas salva definitiva e eficazmente. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.” (Jo 10:27-no texto a certeza que Jesus exprime de que Ele dá a vida eterna as suas ovelhas. Note também que Ele declara que “Jamais perecerão” e também que “da mão do Pai ninguém pode arrebatar”.A salvação, que é pela graça e pelos méritos de Cristo, não depende das nossas obras. Se dependesse, aí sim poderíamos perdê-la. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2. 8). Assim, o salvo irá perseverar até o fim, pois a garantia da sua salvação é Cristo.
Se somente os que são perfeitos e os que se mantivessem perfeitos nesse mundo fossem salvos, a lista de salvos estaria vazia. Como ser humano imperfeito, por negligência, por falta de atenção, por dar ouvidos as tentações do inimigo, o salvo poderá pecar e desagradar a Deus. Por esse comportamento irá atrair sobre si juízos temporais de Deus, que o disciplinará. “Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co 11. 32). Porém, o Espírito Santo sempre conduzirá o salvo a reconhecer sua real situação e retornar à comunhão com Deus. 
Aqueles, porém, que pareciam ser salvos, mas se afastaram de uma vez por todas de Deus, na verdade, apenas pareciam salvos, mas não o eram. “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.” (1Jo 2. 19).

Nenhum comentário: