sexta-feira, 18 de março de 2016

"DIVÓRCIO, SEGUNDO CASAMENTO E ARREPENDIMENTO"



 Mateus 19:9 diz: "Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério]." Veja também Mateus 5:32. Estas Escrituras afirmam claramente que o novo casamento após o divórcio é adultério, a não ser no caso de "infidelidade conjugal".Uma pessoa que se divorcia por uma razão diferente das listadas acima e então se casa novamente cometeu adultério (Lucas 16:18). A questão torna-se então se este novo casamento é um "ato" de adultério ou um "estado" de adultério. em Mateus 5:32; 19:9 e Lucas 16:18 pode indicar um estado contínuo de adultério. Ao mesmo tempo, o tempo presente nem sempre indica uma ação contínua. Às vezes, simplesmente significa que algo ocorreu (um presente aorístico, punctiliar ou gnômico). Por exemplo, a palavra "divórcio" em Mateus 5:32 está no presente, mas se divorciar não é uma ação contínua. o novo casamento, não importa as circunstâncias, não é um estado contínuo de adultério. Apenas o ato de casar novamente é adultério. quando um casal divorciado entra em um novo casamento, eles devem se esforçar para viver a sua vida conjugal em fidelidade, de uma maneira que honre a Deus e com Cristo no centro do seu casamento. Um casamento é um casamento. Deus não vê o novo casamento como inválido ou adúltero. Um casal nessa situação deve dedicar-se a Deus e um ao outro - e honrar a Deus ao fazer do seu novo casamento um que dure e seja centrado em Cristo (Efésios 5:22-33).
irmãos vamos entender o seguinte:Diríamos que um dos propósitos dos mandamentos do Senhor é o do garantir e assegurar os direitos dos mais fracos. Quando o Senhor recomendou, ou ordenou que o homem não abandone sua esposa, a não ser em caso de infidelidade conjugal, e excepcionalmente nos casos em que não há como reconciliar, o Senhor estava resguardando a mulher, principalmente, uma vez que a mulher sempre foi a parte mais fraca no relacionamento conjugal; uma vez que a mulher sempre sofreu preconceito, e isto, praticamente em todas as culturas e, uma vez que, na maioria das culturas, a mulher sempre foi dependente financeiramente do homem.
É do conhecimento de todos que em algumas nações, uma mulher divorciada era discriminada, e sofria imensa rejeição da sociedade. Sem dizer que até hoje, isto é uma realidade em muitos países.
Sabendo disto, o Senhor estabeleceu como norma que o homem não desse carta de divórcio para sua esposa, a menos que ela se fizesse indigna de permanecer como esposa.
Este é o primeiro aspecto do mandamento do Senhor.
como em muitos casos a biblia precisa de intepretação e, é estas intepretações que temos que ter cuidado para não nos tonarmos legalistas de sim mesmo.
Observemos que o Senhor deu ao seu povo, especialmente através de Moisés, centenas de mandamentos. Será que o descumprimento dos mandamentos do Senhor, ou de um dos mandamentos, implica em perda de salvação por parte do seu povo?
Se quisermos ser radicais na interpretação das doutrinas bíblicas, certamente afirmaremos que sim. É por isso que é comum ouvirmos alguém pregando que, por você ter desobedecido este ou aquele mandamento, se o Senhor voltar e você não tiver se concertado, vai ficar, vai perder a salvação.
Se formos, sinceros cristãos e tivermos bom senso, veremos que o Senhor não deu ao seu povo mandamentos com o propósito de com eles aferir santidade.
Os mandamentos do Senhor são para nosso bem. A obediência aos mandamentos do Senhor proporciona bênçãos físicas, materiais e espirituais, mas não determinam nossa posição como salvos. Ou seja, ninguém pode achar que é salvo pelo fato de ser um exímio cumpridor dos mandamentos do Senhor. Em Romanos 8. 3 e 4 diz que os homens, “não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer sua própria justiça, não se sujeitaram a justiça de Deus, ignorando que a justiça nos é conferida pela fé...” No versículo 10 diz que “com o coração se crê para justiça...”
Em resumo, ninguém será salvo por seus próprios méritos, por ser fiel cumpridor de todos os mandamentos do Senhor. Logo, ninguém também será condenado por desobediência aos mandamentos do Senhor uma vez que não foi com esse propósito que o Senhor os estabeleceu.
Se a obediência nos proporciona bênçãos, a desobediência nos traz complicações, das quais o Senhor quer nos esguardar...Pois bem, entendendo assim, veremos que todos os pecados praticados por servos de Deus e que foram relatados na Bíblia Sagrada, tiveram consequências, às vezes desastrosas. Não obstante, não foram fatores determinantes na condenação de qualquer um deles. Os que se perderam, perderam-se por terem rejeitado as oportunidades que tiveram ou por terem ultrajado a graça de Deus, e jamais saberemos dizer se este ou se aquele se perdeu.
No caso do divórcio é preciso entender que, uma vez resguardados os direitos fundamentais do menor, do mais fraco, não há porque se falar em condenação da parte de Deus.
É bom que lembremo-nos que aqueles que casam-se no Senhor, certamente, nunca chegarão ao divórcio, por que o Senhor os guardará do mal. Repousa sobre o casamento, a bênção do Senhor, e em muitos casos, nem a morte os separam.
Outro detalhe a observarmos é que o Senhor muitas vezes permite determinadas situações, quando, entre os homens aquela situação não é considerada desvio de conduta ou maldade. É lógico, desde que aquela conduta não afronte diretamente os princípios divinos e não se trate de um caso de rebelião contra sua soberana vontade.
Cito o caso do patriarca Abraão que foi casado com sua própria irmã. Cito o rei Davi que tinha 10 mulheres e o Senhor não o repreendeu nem o rejeitou por isto. Antes, ele foi chamado de "homem segundo o coração de Deus". Já a maldade que ele praticou contra Urias, o Senhor o repreendeu e o castigou, sem contudo o condenar ao inferno. Até mesmo porque, quando foi repreendido se arrependeu. um irmão casado, crente de uma outra denominação, divorciou-se porque o amor havia acabado, então encontrou com uma irmã do seus sonhos, casou novamente e teve dois filhos, estava feliz com a nova família, até que certo dia meditando na palavra de Deus leu em Mat 5:32 - "Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, será culpado de fazer com que ela se torne adúltera, se ela casar de novo. E o homem que casar com ela também cometerá adultério.", então achou que estava em pecado por ter casado novamente sem uma justificativa bíblica. Expôs seu problema para a atual esposa e disse que precisava resolver esta situação, que ele não podia ficar assim, que era errado. Procurou a primeira esposa e mostrou o texto de Mateus e convenceu a ex-esposa que estavam vivendo em desacordo com a palavra, portanto em pecado. Resolveram se acertar perante Deus, o homem largou a nova família, sua esposa e os dois filhos, sob pretexto de que precisava se arrepender e voltar para o primeiro casamento.
E como fica a nova família, a esposa e os filhos do segundo casamento? Será que foi correto o que este homem fez? O que a bíblia nos diz?
Há situações em que o divórcio pode ter ocorrido conforme as instruções bíblicas, por infidelidade (Mat. 5:32) ou porque um dos cônjuges não cristão desejou a separação (1 Cor. 7:15), em ambas as situações o quadro apresentado é justificado pelas escrituras como motivo para o divórcio, mas e quando não ocorreu nenhum desses motivos?Graças a Deus, graça é de graça, não depende das nossas ações, da nossa vontade, pois se dependesse da nossa vontade, da nossa força, jamais seríamos alcançado pela graça e jamais seriamos justificados por Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador, por meio do qual nós nos tornamos filhos adotivos e participantes da mesma promessa dos Judeus.
Mas qual é a relação da graça com o novo casamento? Ora, tem tudo haver, pois se não fosse esta graça, estaríamos em desgraça e em pecado, além do mais como justifica um novo casamento ser mais abençoado por Deus que o primeiro? Somente a graça para fazer algo assim. Alguns irão questionar a legitimidade o novo casamento, que isto é fora dos padrões bíblicos, que é pecado, etc. O próprio Jesus, disse que quem repudia sua esposa(o) e casar com outra(o) comete adultério ((Mat 5:32). Por isso que a graça é formidável, é maravilhosa, não olha para nossas ações, indepedente do que somos, do que fizemos ou fazemos. Mas nem por isso vou sair cometendo todos os pecados que tenho direito, para que a Graça me alcance novamente? Não estou afirmando que é por isso que os irmãos que estão no segundo casamento estão justificados diante de Deus, pelo contrário todos de alguma maneira estão sofrendo as consequências de seus atos. O meu foco é sobre como a graça de Deus, transforma algo incompreensível pelo homem em algo formidável diante do próprio homem.
Vejamos o exemplo de Davi, que tinha um coração segundo a vontade Deus. O grande Rei Davi, mandou Urias para uma batalha aonde sabia que este seria morto, querendo ocultar seu pecado, pois Davi tinha adulterado e engravidado a esposa de Urias (2 Samuel 11). Como nada fica encoberto diante de Deus, veio então a conseqüência das ações de Davi, o filho da infidelidade morreu (2 Sam 12:13-19), mas a graça superabundou onde o pecado abundou, Davi e Bateseba, a ex-esposa de Urias, foram pais de Salomão, o homem mais sábio que já existiu e que o mais incrível é que este filho foi contado na genealogia de Jesus (Mat 1:6). Isso é a graça de Deus agindo em um casamento que foi inicialmente ilegal, e olha que era na época da Lei. Pela Lei tanto Davi quanto Bateseba deveriam ser punidos com a morte, mas a graça foi maior e os preservou.
Infelizmente o homem mencionado no início do post era um legalista, deu mais importância a letra do que para a graça, com isso a segunda separação foi pior que a primeira, está mais errado agora do que antes, mas o que fazer? A dor da primeira separação era passado, as conseqüências estavam sendo cicatrizadas, mas agora uma ferida maior abriu no coração daquela família que foi destroçada por uma atitude legalista, separar da segunda esposa com a justificativa de que precisa reatar o laço da primeira união. Mas e a segunda esposa?
Então pela graça devemos agir com um filho graça e não como um filho da lei. Mesmo na época da graça há muitas pessoas que insistem em criar leis, tradições, rituais, dogmas onde apenas a graça deveria reinar. Arrependam-se verdadeira para que a graça possa curar feridas e libertar almas.
em Lucas 16:18 apresenta a regra geral: "Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério." Jesus condenou o que tem se tornado comum em nossa sociedade: a prática de deixar um cônjuge para se unir a outro.
O adultério mencionado aqui é um pecado contínuo que envolve relações sexuais entre pessoas que não têm permissão dada por Deus para coabitar. O pecado não está meramente no ato de fazer um voto de casamento, mas na conseqüente posse de um cônjuge ilícito. Não era errado somente para Herodes tomar Herodias como sua esposa; era ilícito para ele tê-la (Marcos 6:18). DEUS abençoe pela a tenção..

segunda-feira, 14 de março de 2016

“O QUE ACONTECE COM OS RECÉM-NASCIDOS QUE MORREM OU FORAM ABORTADOS, VÃO PARA O CÉU?

“Na realidade é que a maioria entendem que as crianças que são abortadas, as crianças que morrem em uma idade muito jovem, que elas vão para o céu porque morreram sem atingir a idade da responsabilidade pessoal, não tenho essa opinião, respeito a opinião de alguns que eu admiro, mas acredito que a palavra é clara para mim em Efésios, 1, que a eleição de uma pessoa a salvação ocorre antes da fundação do mundo e se ocorre antes da fundação do mundo a salvação ou não dessa pessoa, não tem nada a ver com a idade em que essa pessoa morre, mas Deus soberanamente e por razões que nós não temos conhecimento e uma eternidade anterior, mas com conhecimento da história de todo o homem, fez uma eleição para salvação dessa pessoa, não importa se morre com a idade de cinco anos ou se morre com a idade de quarenta anos e essa é a razão pela qual eu acredito que realmente somente Deus conhece qual é o destino final de uma criança que morreu desta maneira…

"PORQUE SE VOLUNTARIAMENTE CONTINUAMOS NO PECADO.HEBREUS 10,26"

Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários. Havendo alguém rejeitado a lei de Moisés, morre sem misericórdia, pela palavra de duas ou três testemunhas; de quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do pacto, com que foi santificado, e ultrajar ao Espírito da graça? ... Não lanceis fora, pois, a vossa confiança, que tem uma grande recompensa. Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma.”Hebreus 10:26.
“Segui a paz com todos, e a santificação; sem a santificação ninguém verá o Senhor.” Hebreus 12:14. “... Mas onde o pecado abundou, superabundou a graça.” Romanos 5:20. “Porque a lei do espírito de vida, em Cristo Jesus, livrou-me da lei do pecado e da morte” Romanos 8:02. “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” Romanos 8:08-09. “Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor” Romanos 6:11.
Estas passagens, que é especialmente uma forte advertência, se refere ao servos de Deus? sim: ela fala sobre pessoas que foram santificadas com o sangue da promessa e sem dúvida, estas pessoas são os filhos de Deus da nova aliança. Como 1 Coríntios 6:9-11 diz, falando a Cristãos:Em Hb 10, 26 diz: "Pois, se pecarmos voluntariamente e com pleno conhecimento da verdade, já não há sacrifícios pelos pecados".
"Se pecar é próprio do homem, perseverar no pecado é do demônio" e: "Persevera diabolicamente no pecado quem peca sem opor alguma resistência interna. Persevera diabolicamente no pecado quem peca com espontaneidade, com plena satisfação do intelecto e da vontade, sem algum remorso, sem algum pudor, gabando-se ainda como de uma coisa lícita e honesta, burlando-se assim a lei de Deus e rindo-se daqueles que o observam. Para quem a tal ponto chegou, o pecado já se tornou segunda natureza; porque a natureza humana, embora decaída pela culpa original, conserva em si os princípios da lei eterna, e sente repugnância pelo pecado. Esta segunda natureza, que no pecador se forma, e com o pecador se forma, e com o pecado o identifica é uma natureza diabólica, porque não há coisa mais natural ao demônio senão o pecado, e esta natureza diabólica é o habito do pecado", e também: "O homem a tudo se habitua. Entre todos os hábitos, porém, que ele contrai, é o hábito de pecar o mais perigoso, o mais funesto, o mais lamentável" .
Aquele que adquiriu o hábito de pecar, isto é, que confessa hoje e cai logo em seguida, começa então a ter o pecado como uma coisa indispensável à vida.
A morte é o salário do pecado. Se todos somos pecadores por que não fomos já eliminados? Se Jesus não cometeu pecado, por que Jesus teve que morrer? Quando Adão e Eva pecaram a morte deveria ter sido instantânea, mas não foi. Por que? O salário do pecado não é a morte? a graça de Deus é infinitamente mais potente que o pecado. Não há pecado que a graça não possa alcançar, exceto quando o homem diz para Deus que não quer a Sua intercessão.
Deus com Sua bondade e misericórdia perdoou toda a humanidade, ninguém ficou de fora. Mas, não perdoou o pecado, pois o pecado em si não admite perdão. Ele só admite paga. Este é o perdão temporal. Temporal porque é limitado dentro do tempo.
Para conceder este perdão Deus não exigiu nenhuma resposta ética. Ele simplesmente creditou a todos a benção da vida. “O Evangelho tem esse compromisso de colocar o ser humano em seu devido lugar: um dependente absoluto de Deus. [...] O mundo é mantido pela Graça de Deus. A Terra mantém sua fertilidade por causa do empenho de Jesus em salvar o mundo. O que se chama de leis naturais nada mais é do que o poder de Deus atuando para preservação da vida. É o sacrifício de Jesus que garante essa manutenção. A sentença da morte foi suspensa por causa da decisão de Jesus em ficar em nosso lugar, exatamente porque pecado não se perdoa, pecado se paga. Deus não perdoa o pecado, mas perdoa o pecador.
Quando aceitamos a Jesus como nosso Salvador pessoal, os pecados que nos são imputados cessam de sê-lo: “pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões;” (2 Coríntios 5:19). Essa reconciliação é resultado da transferência de nossas culpas para Cristo. Somos, pela expiação de Cristo na cruz, revestidos da justiça de Cristo: “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:19)
Essa permutação dos nossos pecados pela justiça divina, em cada indivíduo que se converte, chama-se justificação. Em Mateus 1:21 lemos que “porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Isto é importante, Jesus veio salvar a humanidade, não nos seus pecados, mas dos seus pecados.
Justificação é esse reencontro com Deus. Em 1 Pedro 2:24 temos: “levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”. Ora, se Cristo tomou sobre Si os nossos pecados, é porque realmente os temos. E como poderíamos tê-los sem que houvesse uma lei que vigorasse e dissesse qual é a vontade de Deus? Afinal, está escrito que “onde não há lei está morto o pecado”. (Romanos 7:8)
Alguém que, tendo experimentado o dom de Deus e deliberadamente se afasta e rejeita a Cristo, torna impossível dar início novamente ao processo do arrependimento, pois não respondeu positivamente à oferta da graça divina. A única maneira de jamais cairmos no abismo da rejeição é permanecer em Cristo, mesmo que tenhamos cometido algum pecado grosseiro. Isto porque Jesus é a ponte, a corda, a mão que nos facilita a andar para frente. Não saímos da desobediência, Ele nos tira. Não andamos para frente, Ele nos carrega e através do Espírito Santo ganhamos ânimo e prosseguimos perseverando na vitória Nele, dia após dia.
Este texto “fala da extrema dificuldade de se levar ao arrependimento pessoas que rejeitam conscientemente o evangelho, após:
haverem sido “iluminadas” com a verdade;
provarem “o dom celestial”;
tornarem-se “participantes do Espírito Santo” e
haverem provado “a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro”.
O texto chega a declarar que “é impossível outra vez renová-los para arrependimento” (verso 6). Vacinados contra uma experiência com Cristo, os que vivem “deliberadamente em pecado”, depois de terem “recebido o pleno conhecimento da verdade”, acabam atribuindo muitas vezes a Satanás a própria obra de Deus para levá-los ao arrependimento (ver Mateus 12:22-32).
Embora, da perspectiva humana, seja “impossível outra vez renová-los para arrependimento”, não podemos jamais esquecer que “os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lucas 18:27; ver ainda Mateus 19:26, Mc 10:27).
A bíblia nos ensina que todos nós cometemos pecado; como mostra esse texto: Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. 1 João 1. 8 Mas, isso não quer dizer, que podemos viver pecando, fazendo o que é condenável aos olhos de Deus. Veja o que Diz esse texto: Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,... Hebreus 10. 6 Veja, a palavra de Deus exortando sobre o pecado voluntario; a pessoa sabe que é errado, mas continua fazendo. Ela continua: mentindo, se prostituindo, fumando, bebendo, e etc. Veja o que Deus fala para essas pessoas: Aquele que tiver pecado contra mim, a este riscarei do meu livro. Êxodo 32:33 Se você esta cometendo um pecado, confesse agora a Deus, e prometa que nunca mais vai fazê-lo, e essa palavra vai se cumprir na sua vida: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1. 9
O apóstolo João afirma que em Cristo as obras das trevas que nos seduzem à prática constante do pecado já foram destruídas. Jesus Cristo já destruiu as obras do Diabo que leva pessoa à rebeldia e ao erro. Jesus Cristo implantou em nós uma nova semente que germina e produz novos frutos. Estes são bons frutos que revelam a santidade e o caráter de Deus Pai atuante em nós através do poder do Espírito Santo. Que o Senhor nos encoraje e nos confirme numa vida de inclinação para as coisas do Espírito e não para as coisas da carne.
Irmãos, guardemo-nos de desprezar o direito de sermos chamados filhos de Deus para nos virarmos para os prazeres do pecado que o diabo através deste mundo mau nos oferece continuamente (querendo-nos fazer crer que pelas coisas deste mundo vale a pena voltar as costas ao nosso Senhor e descuidar desta tão grande salvação), porque se o desprezarmos tornaremo-nos profanos como Esaú e não herdaremos de certo o Reino de Deus e a bênção de Deus, porque iremos direitos para o fogo que não se apaga, para aquele fogo que está destinado aos ímpios onde há “pranto e ranger de dentes” (Mat. 25:30). Deitar fora o que de mais precioso existe em toda a criação e que nos foi adquirido pelo Filho de Deus com o seu sangue, isto é, a salvação eterna, é loucura e aqueles que o fizeram colhem ainda os tormentos que esta louca decisão faz colher àqueles que a tomam, com efeito, estão no Hades a prantear e a ranger os dentes sem gota de água para matar a sede e sem ninguém que possa aliviar as suas dores ou enxugar as suas lágrimas. As lágrimas que eles derramam podem ser comparadas às lágrimas que Esaú derramou quando quis herdar a bênção de Isaque; aquelas foram lágrimas derramadas sem arrependimento que não comoveram Isaque e não o induziram a abençoar Esaú. Assim da mesma maneira aqueles que desprezaram a salvação que está em Cristo Jesus e tiveram por profano o sangue de Cristo com o qual tinham sido lavados um dia, estão no fogo do Hades a chorar de dor, sem a mínima possibilidade de obter misericórdia e de herdar a salvação eterna. Portanto irmãos, estejamos firmes na fé, não recuemos na provação, sabendo ter no céu uma cidade que nos foi preparada por Deus, da qual ele é o arquitecto e o construtor. Ela é a esperança dos santos, mas para poder entrar nesta cidade de ouro puro, cujas portas são pérolas, e no meio da qual corre o rio da água da vida, límpido como cristal, é necessário que nós perseveremos até ao fim na fé e nas obras de Cristo; sim, até ao fim e não apenas por algum tempo, então sim naquele dia os nossos olhos contemplarão o Rei da glória na sua beleza; então sim entraremos no Reino eterno do nosso Senhor Jesus Cristo e nos sentaremos na sua mesa juntamente com Abrão, Isaque e Jacó e todos os profetas. Dilectos, vale a pena sofrer pelo Senhor sobre a terra; tendo presente que nós um dia provaremos e veremos a glória de Deus pela eternidade dizemo-vos irmãos amados: ‘Vamos avante com perseverança, lutemos com zelo pela causa do Evangelho, não nos distraiamos olhando para a direita ou para a esquerda, mas olhemos em frente fixando o nosso olhar em Jesus, autor e consumador da fé, “o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta” (Heb. 12:2); também à nossa frente está proposto um grande gozo, desprezemos a afronta também nós para herdá-lo e para ouvirmos dizer naquele dia: ‘Entrai no gozo do vosso Senhor vós seus servos fiéis’. A Deus que nos chama ao seu reino e à sua glória, seja o louvor eternamente. Amém.

sábado, 12 de março de 2016

"SALVAÇÃO PODE SER PERDIDA?"

As Escrituras nos ensinam que Deus é absolutamente soberano. Como o Deus Todo-poderoso, ele governa o mundo. Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Altíssimo Deus. A ele pertence todo poder e toda autoridade para fazer o que lhe agrade em cima nos céus e embaixo na terra. O mundo e tudo que nele há é o seu mundo. Toda criatura é controlada porsua soberana vontade e poder. Isso foi reconhecido pelo Rei Davi quando ele louvou ao Senhor com as palavras: "Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos" (I Crônicas 29:11).
Visto que Deus é o soberano Deus, de quem o conselho permanece para sempre, cuja vontade não pode ser frustrada e cujo propósito não é anulado, devemos concluir que sua vontade e determinação são soberanamente particulares na salvação. Não pode ser que o homem seja aquele que determina, por sua própria vontade, se ele será ou não salvo. Certamente o homem deve vir a Deus pela fé para ser salvo. Certamente ele deve buscar a Deus, amá-lo e servi-lo, como resultado de um coração desejoso. Porque ele é o infinito Criador que tem o direito e o poder de fazer com suas criaturas finitas exatamente o que lhe agrade—mesmo com respeito ao nosso destino eterno. Assim o apóstolo Paulo diz, "ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou?" (Romanos 9:21-23). Deus é o soberano Oleiro e nós, suas criaturas, somos o barro. Exatamente como um oleiro terreno tem poder soberano sobre o barro, para fazer dele o que lhe agrade, assim Deus soberanamente faz de nós o que lhe agrada.
Quando Deus imparte a sua graça regeneradora num homem, este homem é soberanamente transformado no profundo de seu ser. Aquele que uma vez esteve espiritualmente morto é levantado dentre os mortos. Ele é nascido de novo de cima. Àquele que uma vez não podia nem mesmo "ver o reino de Deus" (João 3:3) é dado olhos para ver, ouvidos para ouvir, e um coração para entender as coisas de Deus e do seu reino. Na regeneração Deus imparte o poder espiritual que capacita o homem a buscar, conhecer e abraçar Cristo e todos os seus benefícios.
O apóstolo nos ensina que o chamado salvífico de Deus é um elo essencial na cadeia inquebrável da salvação. Ele diz: "E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou" (Romanos 8:30). Tão certo quanto um homem deve ser predestinado para ser salvo, ele deve também ser chamado. Pois o povo de Deus são aqueles que "anunciam as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (I Pedro 2:9). Todo verdadeiro filho de Deus foi chamado das trevas do pecado e da morte para a gloriosa luz da salvação de Deus.
A justificação pela fé é uma das maiores bênçãos da salvação que o crente desfruta. Ser justificado significa que alguém é declarado ser justo diante do tribunal de Deus. Embora ele seja um pecador que diariamente quebra a santa lei de Deus, seu estado legal é um de perfeita justiça. Na justificação um homem é contado como sendo livre de toda culpa e condenação. De fato, Deus o considera sendo tão justo como se nunca tivesse pecado e como se tivesse sempre guardado os seus mandamentos perfeitamente.
Quem é verdadeiramente salvo nunca perderá a sua salvação. Isso porque Deus não faz a obra da salvação mal feita, pela metade ou por um tempo, mas salva definitiva e eficazmente. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.” (Jo 10:27-no texto a certeza que Jesus exprime de que Ele dá a vida eterna as suas ovelhas. Note também que Ele declara que “Jamais perecerão” e também que “da mão do Pai ninguém pode arrebatar”.A salvação, que é pela graça e pelos méritos de Cristo, não depende das nossas obras. Se dependesse, aí sim poderíamos perdê-la. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2. 8). Assim, o salvo irá perseverar até o fim, pois a garantia da sua salvação é Cristo.
Se somente os que são perfeitos e os que se mantivessem perfeitos nesse mundo fossem salvos, a lista de salvos estaria vazia. Como ser humano imperfeito, por negligência, por falta de atenção, por dar ouvidos as tentações do inimigo, o salvo poderá pecar e desagradar a Deus. Por esse comportamento irá atrair sobre si juízos temporais de Deus, que o disciplinará. “Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co 11. 32). Porém, o Espírito Santo sempre conduzirá o salvo a reconhecer sua real situação e retornar à comunhão com Deus.
Aqueles, porém, que pareciam ser salvos, mas se afastaram de uma vez por todas de Deus, na verdade, apenas pareciam salvos, mas não o eram. “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.” (1Jo 2. 19).
a Bíblia é enfática em afirmar a segurança dos crentes. Para as Sagradas Escrituras, não é possível com que o verdadeiro crente afaste-se definitivamente da graça de Deus, até porque, as doutrinas bíblicas quanto a garantia da salvação são extremamente claras.
"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.” Jo 10:27-29
o texto em questão é claro. O crente que nasceu de novo, nunca há de perecer. Junta-se a isso o fato de que ninguém é poderoso suficientemente para arrancar os salvos das mãos do Senhor. É indispensável também que entendamos que o fato de alguém acreditar que o cristão pode jogar fora a salvação que o Pai lhe deu, aponta efetivamente para o desconhecimento das doutrinas bíblicas. Além disso, foi o próprio Senhor Jesus quem disse: “Todo o que o Pai me dá, virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. (Jo 6:37) Vale também a pena ressaltar de que o Senhor Jesus ao ascender aos céus, deixou-nos o Espírito Santo como garantia da nossa salvação. A presença do Espírito em nós é a esperança e convicção da vida eterna. O Espírito Santo é o penhor, o qual nos garante irrevogavelmente a eternidade com Deus.
“Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa”. (Ef 1:13) ; “O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória”. (Ef 1:14); “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção”. (Ef 4:30); “O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações”. (2Co 1:22)
Vale a pena ressaltar que na Cruz, Jesus pagou por todos os nossos pecados, isto é, aqueles que foram praticados até a nossa conversão, e aqueles que infelizmente haveremos de praticar até o fim de nossa vida na terra. Todavia, isso em momento algum deve servir para acharmos que podemos e devemos pecar livremente, mesmo porque aquele que conheceu a Cristo não consegue agir assim.
Do ponto de vista bíblico, o crente não está livre do pecado. Na verdade, ele continua suscetível ao pecado. E ao pecar, ele é convencido pelo Espírito Santo que lhe mostra a gravidade do erro que cometeu, levando-o por consequinte a rogar o perdão do Senhor.
Isto posto, afirmo que o convertido não se sente a vontade vivendo no pecado, porque as trevas não podem subsistir juntamente com a luz do Espírito Santo que nele faz morada.
Para corroborar com aquilo que penso e afirmo coloco abaixo 8 razões porque o crente em Jesus não pode perder a salvação:
1. Gênesis 7:16 - Sendo a arca um tipo de Cristo (IPe.3:20,21; Rm.3:6:4), o crente está seguro nele (Cl.3:3; Ap.3:7).
02. Efésios 4:30 - O crente está selado no Espirito Santo (Ef.1:13; IITm.2:19), e este selo é inviolável e irrevogável (Es.8:8; Dn.6:12).
03. II Coríntios 1:22 - O crente tem o penhor do Espirito Santo como garantia segura e inabalável (IICo.5:5).
04. Gálatas 3:15 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão (Gl.3:29), uma aliança irrevogável.
05 I Coríntios 11:25 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança incondicional, selada com sangue (Jr.34:18, 19; Gn.15:12-21), e não com sapato (Rt.4:7,8) ou com sal (Nm.18:19; Lv.2:13).
06. Gênesis 15:12 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança unilateral (o rompimento da aliança só seria possível se Deus morresse).
07. Jeremias 31:31-33 - Mediante a nova aliança (com sangue), o temor do Senhor é insuflado no coração do crente (Jr.32:39,40) para que não se aparte de Deus (Hb.3:12;8:8-13; Ez.36:26,27).
08. Salmos 12:7 - O crente é guardado por Deus, do mal que há no mundo.
Louvado seja o Senhor Jesus Cristo pela Salvação eterna! Engrandecido seja o seu nome, porque a salvação das nossas almas não depende dos nossos esforços, e sim exclusivamente dele. Somos irremediavelmente salvos, vamos viver com Cristo pelos séculos dos séculos amém!

quinta-feira, 10 de março de 2016

"CLASSES DE ANJOS"

Em relação à categoria ou classificação dos Anjos, as Escrituras dão testemunhos mais abundante, citando seus postos e até funções. Cada aspecto da personalidade dos Anjos foi estabelecido pelo Criador. a palavra “anjo” significa “mensageiro”. São exércitos como seres alados (Dn 9:21; Ap 14:6) para nos favorecer. Desde a entrada do pecado no mundo, eles são enviados para dar assistência aos herdeiros da salvação (Hb 1:14). Eles se regozijam com a conversão de um pecador (Lc 15:10), exercem vigilância protetora sobre os crentes ( Sl 34:7; 91:11 ), protegem os pequeninos (Mt 18:10), estão presentes na igreja (1 Tm 5:21) recebem aprendizagem das multiformes riquezas da graça de Deus ( Ef 3:10; 1 Pe 1:12) e encaminham os crentes ao seio de Abraão (Lc 16:22,23). A idéia de que alguns deles servem de anjos da guarda de crentes individuais não tem apoio nas Escrituras. A declaração de Mt 18:10 é geral demais, embora pareça indicar que há um grupo de anjos particularmente encarregado de cuidar das criancinhas. At 12:15 tampouco o prova, pois esta passagem mostra apenas que, naquele período primitivo havia alguns, mesmo entre discípulos, que acreditavam em anjos guardiães.
Embora os anjos não constituam um organismo, evidentemente são organizados de algum modo. Isto ocorre do fato de que ao lado do nome geral “anjo”, a Bíblia emprega certos nomes específicos para indicar classe de anjos. O termo grego“angelos” (anjos = mensageiros ) também e freqüentemente aplicado a homens (Mt 11:10; Mc 1:2; Lc 7:24; 9:52; Gl 4:14). Não há nas Escrituras um nome geral, especificamente distintivo, para todos os seres espirituais. Eles são chamados filhos de Deus, (Jó 1:6; 2:1) espíritos (Hb 1:14), santos (Sl 89:5,7; Zc 14:5; Dn 8:13 ), vigilantes (Dn 4:13,17). Contudo, há nomes específicos que indicam diferentes classes de anjos.
Arcanjos. é o nome dado ao anjo que ocupa a segunda classe em sua hierarquia celestial religiosa. È um termo cujo prefixo indica a mais elevada categoria nessa posição hierárquica, o prefixo “Arc” quer dizer “sumo”, “chefe” principado.
O termo arcanjo só ocorre duas vezes nas escrituras (1 Ts 4:16; Jd 9) , mas há outras referências para ao menos um arcanjo, Miguel. Ele é o único a ser chamado de arcanjo e aparece comandando seus próprios anjos (Ap 12.7) e como príncipe do povo de Israel (Dn 10:13,21; 12.1). A maneira pela qual Gabriel é mencionado também indica que ele é de uma classe muito elevada. Ele está diante da presença de Deus (Lc 1:19) e a ele são confiadas as mensagens de mais elevada importância com relações ao reino de Deus (Dn 8:16; 9:21).
Entre os anjos, apenas dois são citados nominalmente, Gabriel e Miguel, Porem na Bíblia encontramos somente Miguel,sendo chamado de Arcanjo, isso não quer dizer que não aja outros, o qual, além de sua posição superior aos demais anjos, têm uma missão protetora em relação ao povo de Israel (Dn 10.13,21; Dn 12.1). Ele exerce juízo sobre os inimigos do povo de Israel (Jd v.9; Dn 12.1).
O termo “principado” é também aplicado em sentido relativo, certamente a anjos com missões específicas (Cl 1.16; Ef 1.21), a palavra Arcanjo no Novo Testamento inteiro aparece apenas em (Judas 9. e 1Tessalonicenses 4.16).
II a. Arcanjo Miguel
A palavra “arcanjo” ocorre em apenas dois versículos na Bíblia. 1 Tessalonicenses 4:16 exclama: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”. Judas versículo 9 declara: “Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!” A palavra “arcanjo” vem de uma palavra grega que significa “principal dos anjos” ou “mais importante dos anjos”. Refere-se a um anjo que aparenta ser o líder de outros anjos.
Miguel Significado do nome, Quem é como Deus? Nas tradições judaicas e critãs, Miguel é considerado chefe dos 7 arcanjos.
Miguel é o único anjo identificado com um arcanjo (Judas versículo 9). No entanto, (Daniel 10:13) descreve Miguel como “um dos primeiros príncipes”. Isso possivelmente indica que há mais de um arcanjo, porque coloca Miguel no mesmo nível que outros “primeiros príncipes”. (Daniel 10:21) descreve o arcanjo Miguel como “vosso príncipe”, e (Daniel 12:1) identifica Miguel como “o grande príncipe, o defensor”. Então, enquanto é possível que haja múltiplos arcanjos, (1 Tessalonicenses) usa o singular para identificar “a voz do arcanjo”, não “a voz de UM arcanjo”, o que permitiria a possibilidade de existir mais de um arcanjo. Mesmo se há múltiplos arcanjos, Miguel aparenta ser o seu líder.
Ele é o único a ser chamado de arcanjo e aparece comandando seus próprios anjos (Ap 12.7)
Os “principados” (Colossenses 1.16), para os escritos pós bíblicos são tipos de arcanjos. As explicações judaicas dadas sobre este tema indicam que tais anjos têm sob suas ordens, vasto número de seres angelicais. Naturalmente, todos estão sujeitos a Deus.
No livro de Daniel, Miguel é citado como “um dos primeiros” e mencionado por Gabriel (10.13, 21). Na carta de Judas, ele é citado para disputar o corpo de Moisés (versículo 9), em Apocalipse ele aparece acompanhado de outros anjos lutando contra Satanás (12.7).
O livro de Enoque, apócrifo, dá o nome de sete arcanjos, a saber: Uriel, Rafael, Raquel, Saracael, Miguel, Gabriel e Remiel. Segundo é dito ali, a cada um deles Deus entregou uma província sobre a qual reina. Os livros apócrifos não são considerados inspirados pelo Espírito Santo.
Arcanjo Gabriel
Gabriel significa “homem de Deus” Lucas 1:19) E, respondendo o anjo, disse-lhe: “Eu sou Gabriel que assisto diante de Deus”, Ele aparece quatro vezes na Bíblia, sempre trazendo Boas novas, Gabriel também é visto como um Embaixador Celestial, em razão de suas aparições terem caráter especial de um embaixador,Gabriel é tido como um anjo de elevado poder angelical, da mais alta confiança da corte celestial.
Ele anunciou a Daniel a visão de Deus para o tempo do fim (Dn 8.15,16; Dn 9.21) a ele coube o privilegio de anunciar a Zacarias do nascimento de João Batista Trouxe ao mundo a notícia do nascimento de Jesus Cristo (Lc 1.8-35 Lucas 1.26).
Gabriel significa poderoso, herói de Deus. E Miguel é uma variante de Miquéias e Micaías, e significa “quem é como Deus?”. Não nos é revelado o porquê deste significado, mas ponderamos que seja em oposição às disposições hostis de Satanás, que tentou ser igual a Deus (Isaías 14.14).
Miguel é descrito como arcanjo, o anjo patrono e guardião do povo de Israel, que lutou contra o diabo (Daniel 10.13, 21; 12.1; Judas 9; Apocalipse 12.7).
Na Bíblia, Gabriel não tem classificação definida. Não temos a informação que ele seja um arcanjo, querubim ou serafim. Foi portador de mensagens muito especiais (Daniel 8.16; 9.21; Lucas 1.19, 26). Porém, no livro de Tobias, um apócrifo, ele está arrolado como um dos sete arcanjos que estão na presença de Deus.
Existe uma corrente de estudiosos da Bíblia que alegam haver apenas um arcanjo, que é Miguel. Mas, embora haja apenas uma citação bíblica, o contexto das Escrituras dá a entender que hajam outros.
No dia do arrebatamento o Senhor será acompanhado dos Arcanjos: [b]“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus”[/b] – 1ª Tessalonicenses 4.16. Se houvesse apenas um arcanjo, a preposição viria articulada “do” arcanjo, porém a preposição é “de”, passando a idéia que haja mais de um. Pode-se observar isso no idioma origina
No Antigo Testamento, Gabriel aparece apenas em Daniel, e ali como mensageiro celestial que surge na forma de um homem (Dn 8:16; 9:21). Suas funções são: revelar o futuro ao interpretar uma visão (Dn 8:17), e dar entendimento e sabedoria ao próprio Daniel (Dn 9:22).
No Novo Testamento, Gabriel surge somente na narrativa de Lucas que descreve o nascimento de Cristo. Ali, ele é o mensageiro angelical que anuncia grandes eventos: o nascimento de João (Lc 1:11-20) e de Jesus (Lc 1:26-38). Também é apresentado como aquele que “assiste diante de Deus” (Lc 1:19). Destes casos, conclui-se que Gabriel é o portador das grandes mensagens divinas aos homens. Pode-se concluir, dizendo que na Bíblia, Gabriel é o “anjo mensageiro” e Miguel o “anjo guerreiro”.
III. Querubins:
São responsáveis pela guarda da entrada do paraíso (Gn 3:24), observam o propiciatório (Ex 25:18,20; Sl 80:1; 99:1; Is 37:16; Hb 9:5) e constituem a carruagem de que Deus se serve para descer à terra ( 2Sm 22:11; Sl 18:10). Como demonstração do seu poder de majestade, em Ez 1º e Ap 4º são representados simbolicamente como seres vivos em várias formas. Mais do que outras criaturas, eles foram destinados a revelar o poder, a majestade e a glória de Deus, e a defender a santidade de Deus no jardim do Éden, no tabernáculo, no templo e na descida de Deus à terra.
Essa classe de anjos criados por Deus se destaca pela ligação que eles têm com o trono de Deus. A palavra Querubim, no original hebraico “querub”, tem o sentido de guardar, cobrir.
Eles aparecem pela primeira vez na Bíblia em Gênesis no Jardim do Éden para guardar a entrada oriental a fim de que o homem que havia pecado contra o seu Criador não tivesse acesso ao caminho da árvore da vida. Gênesis 3:24 E havendo lançado fora o homem, pôs Querubins ao oriente do Jd. Éden.
O que aprendemos acerca dos Querubins‚ é que eles possuem uma posição elevada na corte celestial e estão diretamente ligados ao trono de Deus (I Sm 4.4; II Rs 19.15; Sl 80.1; 99.1; Is 37.16). Em Ezequiel 10, os Querubins aparecem cheios de olhos e o trono de Deus está acima deles. (Significa a onividência de Deus) A ligação dos Querubins com o trono de Deus nos ensina que eles guardam o acesso á presença de Deus.
Sua função é proteger, para que o pecado não venha poluir a santa presença de Deus.
Novamente encontramos estes seres como protetor sobre a arca da aliança (representa a presença de Deus) Só nos é possível entrar no Santo dos Santos ou ” Lugar Santíssimo ” com o sangue da aliança em nossas vidas (Hb 10.19-22). Êxodo 25:20 Os Querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com as suas asas o propiciatório; as faces deles uma de fronte da outra; as faces dos Querubins estarão voltadas para o propiciatório.
Em outros textos encontramos os Querubins representando as coisas celestiais e sempre associadas à Glória de Deus. Salmos 99:1 O Senhor reina; tremam as nações; ele está entronizado entre os Querubins;… Hebreus 9:5 E sobre a Arca os Querubins da glória… Ezequiel 9:3a, 10:2b E a Glória do Deus de Israel se levantou do Querubim sobre o qual estava…
No Antigo Testamento esses seres são apresentados como simbólicos e celestiais. No livro de Gênesis, tinham a incumbência de guardar o caminho para a árvore da vida, no jardim do Éden (Gn 3:24). Uma função semelhante foi credita aos dois Querubins dourados, postos em cada extremidade do propiciatório (a tampa que cobria a arca no santíssimo lugar – Êx 25:18-22; Cf Hb 9:5), onde simbolicamente protegiam os objetos guardados na arca, e proviam, com suas asas estendidas, um pedestal visível para o trono invisível de Yahweh (veja Sl 80:1 e 99:1, para entender essa figura). No livro de Ezequiel (Ez 10), o trono-carruagem de Deus, que continuava sustentado por Querubins, tornava-se móvel. Também foram bordados Querubins nas cortinas e véus do Tabernáculo, bem como estampados nas paredes do Templo (Êx 26:31; 2Cr 3:7).
Tem sido objeto de críticas acirradas, o fato de que os povos vizinhos de Israel possuíam criaturas aladas simbólicas. Especialmente os heteus popularizaram os grifos, uma criatura altamente complicada com corpo de leão, cabeça e asas de águia e com a aparência geral semelhante à de uma esfinge. Por estes motivos, alguns críticos têm conjeturado que Israel tenha tomado esse costume por empréstimo desses povos vizinhos. No entanto, fica bastante claro que a situação é inversa: os povos vizinhos é que deturparam a simbologia israelita, adaptando-a às suas crendices. Exemplo disto, é a conhecida “Epopéia de Gilgamesh”, uma história babilônica do dilúvio, obviamente tomada por empréstimo do relato bíblico.
IV. Serafins:
Mencionados somente em (Is 6:2,6,) constituem uma classe de anjos muito próxima dos querubins. São representados simbolicamente em forma humana com seis asas cobrindo o rosto, os pés e duas prontas para execução das ordens do Senhor. Permanecem servidores em torno do trono do Deus poderoso, cantam louvores a Ele e são considerados os nobres entre os anjos.
serafim significa ardente, refulgente ou brilhante, nobres ou afogueados, essa raiz também pode significar “consumir com fogo”, mas também “rebrilhar” e “refletir”. Esta classe de anjos aparece uma só vez na Bíblia em Isaías 6.1-3. Alguns escritores judeus têm procurado sustentar que os Serafins são brilhantes.
(Isaías 6:2) Os Serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas com duas cobriam seus rostos, e com duas cobriam os seus pés e com duas voavam.
Nesta escritura, os Serafins estão intimamente ligados ao serviço de adoração e louvor ao Senhor. Nesse serviço, eles promovem, proclamam e mantém a santidade de Deus. O termo Serafim fala de adoração incessante, do seu ministério de purificação.
Na visão de Isaías, os Serafins são representados como tendo seis asas. As asas de cada serafim tinham funções específicas. Com duas asas cobriam o rosto, numa atitude de reverência perante o Senhor. Com as outras duas asas cobriam os pés, falando de santidade no andar diante de Deus, e com as duas últimas asas, eles voavam. Essa visão de seres alados não significa que todos os anjos, obrigatoriamente, têm de Ter asas. As asas desses Serafins tinham por objetivo mostrar ao profeta a capacidade de movimento e locomoção dos anjos para realizarem a vontade de Deus. É uma forma materializada que os seres espirituais
usam para serem compreendidos, porque, de fato, os anjos são incorpóreos.
Isaías 6:3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, nsanto é o Senhor dos exércitos; toda terra está cheia da sua Glória. Seu louvor constantemente é dirigido à Trindade. Santo (Deus), Santo (Jesus), Santo (E. Santo) Neste texto devemos observar o pronome (nós) no verso 8. Isaías 6:4 E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumo. A Bíblia nos apresenta ainda mais.
A única menção a esses seres celestiais nas páginas das Escrituras Sagradas fica no livro de Isaías (Is 6). Os serafins aparecem associados com os Querubins na tarefa de resguardar o trono divino. Os seres vistos por Isaías tinham forma humana, embora possuíssem seis asas (Is 6:2). Estavam postos acima do trono de Deus (Is 6:2a), o que parece indicar que sejam líderes na adoração ao Senhor. Uma dessas criaturas entoava um refrão que Isaías registra nas palavras: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; a terra inteira está cheia da Sua glória” (Is 6:3). Tão vigorosa era esta adoração, que é dito que o limiar do Templo divino se abalava e o santo lugar ficava cheio de fumaça.
Pelo que observamos no texto, parece que para Isaías os Serafins constituíam uma ordem de seres angélicos responsáveis por certas funções de vigilância e adoração. No entanto, parecem ser criaturas morais distintas, e não apenas projeções da imaginação ou personificação de animais. Suas qualidades morais eram empregadas exclusivamente no serviço de Deus.

"DEUS PODE COBRAR PELA A ALMA DE ALGUÉM?

Eze 3:18 Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; e tu não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade, mas o seu sangue, da tua mão o requererei.
Deus fala a Ezequiel dizendo que ele era um atalaia para advertir os seus compatriotas de que a sua persistência no pecado e na rejeição a Deus resultava em morte.
Se Ezequiel não advertisse aquele que estava no pecado, a pessoa morreria no seu pecado, porém Deus cobraria de Ezequiel por ele não ter avisado que a pessoa estava no caminho que leva a morte.
Hoje em dia nós que servimos a Deus, através do sacrifício de Jesus no Calvário e sua ressurreição, temos que pregar o Seu Evangelho e falar a todos que estão perecendo sobre o seu caminho errado e mostrar o caminho que leva até Deus, que é Jesus. Pois Ele mesmo disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim".
Ou seja, temos que ser os atalaias de Deus neste tempo que se chama hoje.
Todo cristão que se cala e não anuncia a verdade de Deus porque acha que não deve ser chato, nem deve incomodar as pessoas, tenho uma notícia para esses.
DEUS PODERÁ COBRAR DE VOCÊS A MORTE DAQUELES QUE MORREREM SEM JESUS, PRÓXIMO A VOCÊ SEM NUNCA TEREM OUVIDO DE SUA BOCA O CAMINHO DA SALVAÇÃO..
voltando à passagem de Ezequiel, não podemos ter este caso como regra, hoje vivemos sobre o efeito da graça, e nada pode ser imposto: Deus tem o seus meios para fazer chegar a uma alma que será salva o seu evangelho.temos que ter guia para entender a Deus nos dias de hoje,(cada caso é um caso. voltando a ezequiel: Israel amargava o cativeiro por estar a longo tempo sob corrupção e rebeldia a Deus. Ezequiel foi um dos seus evangelistas, procurando levá-lo ao arrependimento e ao reencontro do Senhor. Mas sua tarefa era árdua. Falaria a um povo endurecido, rebelde, de 'dura cerviz'. Diante da compreensão de sua pequenez e do enorme desafio, Ezequiel, como a maioria de nós, se atemorizou. E para socorrê-lo, Deus o consolou com as palavras de nosso texto. Ezequiel não deveria se preocupar com o resultado de seu ministério; não deveria se preocupar com a reação das pessoas que iriam ouvi-lo; simplesmente deveria falar as palavras de Deus. Mas ... e o resultado? O tão esperado resultado? Bem... isso não estava na esfera de Ezequiel, mas unicamente nas mãos de Deus! Os que ouvissem, não seriam casa rebelde, os que não ouvissem, rebeldes a Deus, e ponto final! Então ele recebe uma missão específica, tão específica quanto foi a missão que o Senhor deu aos discípulos quando os enviou apenas às "ovelhas perdidas de Israel", advertindo para que não pregassem aos samaritanos. Algum discípulo que decidisse de vontade própria ir pregar aos samaritanos, achando que seria um desperdício eles não ouvirem a mensagem ou sentindo-se sob o risco da maldição que aqui é lançada sobre Ezequiel se não pregasse, estaria claramente desobedecendo o Senhor.
Era tão séria a missão que Ezequiel recebeu que sobre ele pesava a responsabilidade de não falhar, ou teria de dar conta do sangue dos que morressem em sua iniquidade. E que iniquidade era essa? Ter Israel se afastado do Deus verdadeiro para ir após seus próprios ídolos; ter Israel endurecido seu coração e não querer nem escutar a voz de Deus. Se ler o início do capítulo verá que, à semelhança da missão específica que receberam os discípulos de Jesus, Ezequiel não deveria ir pregar aos gentios, mas exclusivamente a Israel:
Eze 3:4 E disse-me ainda: Filho do homem, vai, entra na casa de Israel, e dize-lhe as minhas palavras.
Eze 3:5 Porque tu não és enviado a um povo de estranha fala [gentios], nem de língua difícil, mas à casa de Israel;
Eze 3:6 Nem a muitos povos de estranha fala, e de língua difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos tais te enviara, certamente te dariam ouvidos.
Eze 3:7 Mas a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não me querem dar ouvidos a mim; pois toda a casa de Israel é de fronte obstinada e dura de coração..
Embora tenhamos a responsabilidade e o privilégio de anunciar as boas novas às pessoas, isso não é para ser feito em um espírito de que você perderá a salvação se não o fizer, como se sobre você recaísse uma maldição. Falar do evangelho é uma consequência do gozo que temos em nosso coração, da certeza da salvação que recebemos unicamente por graça, e do amor que nos constrange a querer que outros também sejam salvos. Grande parte dos cristãos hoje nem sequer tem a certeza dessa salvação e acabam pregando mais para garanti-la do que por amor dos perdidos.
Sim, você pode ficar espantado com o que estou dizendo, mas perceba que quando os religiosos de plantão jogam o fardo dessa passagem de Ezequiel sobre seus seguidores, o fazem como se eles estivessem sobre a obrigação de fazerem esse tipo de obra para garantirem a salvação (ou ficarem livres de maldição). A mensagem implícita é algo do tipo: se você não ganhar almas para Cristo, não será salvo ou perderá sua salvação.
Como geralmente nem ele sabe se está seguindo todas elas (a menos que seja muito pretensioso e soberbo), nem ele tem certeza da salvação. Se assim for, como alguém pode falar do que não tem certeza? O que ele irá responder se um interlocutor mais esclarecido lhe perguntar: "Você tem certeza dessa salvação que está me anunciando? Tem certeza de que ela é eterna, ou acredita que poderá perdê-la a qualquer momento? Essa salvação é pela fé em Jesus e em sua obra na cruz, ou é tornando-me membro de sua denominação e seguindo uma lista de preceitos e doutrinas?".
Pergunte a dez pessoas que professam ser crentes em Jesus se elas poderiam perder a salvação e verá que muitas dirão que sim. Ouviram o"outro evangelho" (Gl 1:6) do qual Paulo fala aos Gálatas, que ensina que só poderão ser salvas se perseverarem, fazendo direitinho as obrigações (obras) que sua denominação lhe dá para cumprir. Começaram pelo Espírito (quando creram) e terminaram pela carne, na tentativa de se garantirem por meio de suas próprias obras (Gl 3:3).
É evidente que recai sobre cada cristão a responsabilidade de pregar o evangelho aos perdidos e ensinar os salvos conforme o dom que recebeu de Deus, porém não com má vontade, mas de boa mente. Paulo usa a figura do sangue, numa alusão à ordem dada a Ezequiel, não como uma lei, mas como um princípio no sentido de não ser culpado por ter negligenciado a missão que Deus lhe confiou.
Ats 20:25-27 E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto. Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos. Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.
Mas será que Paulo teria perdido a salvação se tivesse falhado nessa missão de avisar os Efésios dos perigos que viriam após sua partida? É claro que não! Ele perderia o galardão, mas jamais a salvação, que lhe estava assegurada, não pelas coisas que ele fazia, mas pela obra que Jesus fez.
1Co 9:16-17 Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio [galardão]; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada.
Portanto, fique tranquilo. Nenhuma maldição recai sobre você e nem seria possível você ter cumprido a missão que foi confiada a Ezequiel de ser um atalaia sobre Israel. Você pode sim usar a passagem de Ezequiel como um princípio ou encorajamento para evangelizar, mas não como uma lei ou ordem direta para você.
Portanto, fique tranquilo. Nenhuma maldição recai sobre você e nem seria possível você ter cumprido a missão que foi confiada a Ezequiel de ser um atalaia sobre Israel. Você pode sim usar a passagem de Ezequiel como um princípio ou encorajamento para evangelizar, mas não como uma lei ou ordem direta para você.
Normalmente é assim que devemos ver o Antigo Testamento: como princípios que podem nos ajudar em nosso andar cristão, mas sabendo que já não estamos sob a Lei, que traz consigo maldição, e que devemos "manejar bem a Palavra da verdade" (2 Tm 2:15), isto é, colocando cada coisa no seu devido lugar, para não incorrermos no erro muito comum da cristandade que é tirar versículos do contexto. Por cometerem esse erro é que você ainda encontra por aí tantas coisas que só faziam sentido na antiga dispensação da Lei, como templos, altares, sacerdotes, músicos, levitas, dízimos, vestimentas cerimoniais, doutrinas de prosperidade material etc.
Se começar a tomar ao pé da letra as missões que Deus deu aos seus profetas no Antigo Testamento, então é melhor arrumar a mala para partir para Nínive (nem imagino onde fica), como Deus ordenou a Jonas, e comece a procurar uma meretriz para se casar com ela, como Deus ordenou ao profeta Oséias.
Jon 1:1-2 E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença.
Osé 1:2-3 O princípio da palavra do SENHOR por meio de Oséias. Disse, pois, o SENHOR a Oséias: Vai, toma uma mulher de prostituições, e filhos de prostituição; porque a terra certamente se prostitui, desviando-se do SENHOR. Foi, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim, e ela concebeu, e lhe deu um filho.