sábado, 12 de março de 2016

"SALVAÇÃO PODE SER PERDIDA?"

As Escrituras nos ensinam que Deus é absolutamente soberano. Como o Deus Todo-poderoso, ele governa o mundo. Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Altíssimo Deus. A ele pertence todo poder e toda autoridade para fazer o que lhe agrade em cima nos céus e embaixo na terra. O mundo e tudo que nele há é o seu mundo. Toda criatura é controlada porsua soberana vontade e poder. Isso foi reconhecido pelo Rei Davi quando ele louvou ao Senhor com as palavras: "Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos" (I Crônicas 29:11).
Visto que Deus é o soberano Deus, de quem o conselho permanece para sempre, cuja vontade não pode ser frustrada e cujo propósito não é anulado, devemos concluir que sua vontade e determinação são soberanamente particulares na salvação. Não pode ser que o homem seja aquele que determina, por sua própria vontade, se ele será ou não salvo. Certamente o homem deve vir a Deus pela fé para ser salvo. Certamente ele deve buscar a Deus, amá-lo e servi-lo, como resultado de um coração desejoso. Porque ele é o infinito Criador que tem o direito e o poder de fazer com suas criaturas finitas exatamente o que lhe agrade—mesmo com respeito ao nosso destino eterno. Assim o apóstolo Paulo diz, "ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou?" (Romanos 9:21-23). Deus é o soberano Oleiro e nós, suas criaturas, somos o barro. Exatamente como um oleiro terreno tem poder soberano sobre o barro, para fazer dele o que lhe agrade, assim Deus soberanamente faz de nós o que lhe agrada.
Quando Deus imparte a sua graça regeneradora num homem, este homem é soberanamente transformado no profundo de seu ser. Aquele que uma vez esteve espiritualmente morto é levantado dentre os mortos. Ele é nascido de novo de cima. Àquele que uma vez não podia nem mesmo "ver o reino de Deus" (João 3:3) é dado olhos para ver, ouvidos para ouvir, e um coração para entender as coisas de Deus e do seu reino. Na regeneração Deus imparte o poder espiritual que capacita o homem a buscar, conhecer e abraçar Cristo e todos os seus benefícios.
O apóstolo nos ensina que o chamado salvífico de Deus é um elo essencial na cadeia inquebrável da salvação. Ele diz: "E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou" (Romanos 8:30). Tão certo quanto um homem deve ser predestinado para ser salvo, ele deve também ser chamado. Pois o povo de Deus são aqueles que "anunciam as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (I Pedro 2:9). Todo verdadeiro filho de Deus foi chamado das trevas do pecado e da morte para a gloriosa luz da salvação de Deus.
A justificação pela fé é uma das maiores bênçãos da salvação que o crente desfruta. Ser justificado significa que alguém é declarado ser justo diante do tribunal de Deus. Embora ele seja um pecador que diariamente quebra a santa lei de Deus, seu estado legal é um de perfeita justiça. Na justificação um homem é contado como sendo livre de toda culpa e condenação. De fato, Deus o considera sendo tão justo como se nunca tivesse pecado e como se tivesse sempre guardado os seus mandamentos perfeitamente.
Quem é verdadeiramente salvo nunca perderá a sua salvação. Isso porque Deus não faz a obra da salvação mal feita, pela metade ou por um tempo, mas salva definitiva e eficazmente. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.” (Jo 10:27-no texto a certeza que Jesus exprime de que Ele dá a vida eterna as suas ovelhas. Note também que Ele declara que “Jamais perecerão” e também que “da mão do Pai ninguém pode arrebatar”.A salvação, que é pela graça e pelos méritos de Cristo, não depende das nossas obras. Se dependesse, aí sim poderíamos perdê-la. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2. 8). Assim, o salvo irá perseverar até o fim, pois a garantia da sua salvação é Cristo.
Se somente os que são perfeitos e os que se mantivessem perfeitos nesse mundo fossem salvos, a lista de salvos estaria vazia. Como ser humano imperfeito, por negligência, por falta de atenção, por dar ouvidos as tentações do inimigo, o salvo poderá pecar e desagradar a Deus. Por esse comportamento irá atrair sobre si juízos temporais de Deus, que o disciplinará. “Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co 11. 32). Porém, o Espírito Santo sempre conduzirá o salvo a reconhecer sua real situação e retornar à comunhão com Deus.
Aqueles, porém, que pareciam ser salvos, mas se afastaram de uma vez por todas de Deus, na verdade, apenas pareciam salvos, mas não o eram. “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.” (1Jo 2. 19).
a Bíblia é enfática em afirmar a segurança dos crentes. Para as Sagradas Escrituras, não é possível com que o verdadeiro crente afaste-se definitivamente da graça de Deus, até porque, as doutrinas bíblicas quanto a garantia da salvação são extremamente claras.
"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.” Jo 10:27-29
o texto em questão é claro. O crente que nasceu de novo, nunca há de perecer. Junta-se a isso o fato de que ninguém é poderoso suficientemente para arrancar os salvos das mãos do Senhor. É indispensável também que entendamos que o fato de alguém acreditar que o cristão pode jogar fora a salvação que o Pai lhe deu, aponta efetivamente para o desconhecimento das doutrinas bíblicas. Além disso, foi o próprio Senhor Jesus quem disse: “Todo o que o Pai me dá, virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. (Jo 6:37) Vale também a pena ressaltar de que o Senhor Jesus ao ascender aos céus, deixou-nos o Espírito Santo como garantia da nossa salvação. A presença do Espírito em nós é a esperança e convicção da vida eterna. O Espírito Santo é o penhor, o qual nos garante irrevogavelmente a eternidade com Deus.
“Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa”. (Ef 1:13) ; “O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória”. (Ef 1:14); “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção”. (Ef 4:30); “O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações”. (2Co 1:22)
Vale a pena ressaltar que na Cruz, Jesus pagou por todos os nossos pecados, isto é, aqueles que foram praticados até a nossa conversão, e aqueles que infelizmente haveremos de praticar até o fim de nossa vida na terra. Todavia, isso em momento algum deve servir para acharmos que podemos e devemos pecar livremente, mesmo porque aquele que conheceu a Cristo não consegue agir assim.
Do ponto de vista bíblico, o crente não está livre do pecado. Na verdade, ele continua suscetível ao pecado. E ao pecar, ele é convencido pelo Espírito Santo que lhe mostra a gravidade do erro que cometeu, levando-o por consequinte a rogar o perdão do Senhor.
Isto posto, afirmo que o convertido não se sente a vontade vivendo no pecado, porque as trevas não podem subsistir juntamente com a luz do Espírito Santo que nele faz morada.
Para corroborar com aquilo que penso e afirmo coloco abaixo 8 razões porque o crente em Jesus não pode perder a salvação:
1. Gênesis 7:16 - Sendo a arca um tipo de Cristo (IPe.3:20,21; Rm.3:6:4), o crente está seguro nele (Cl.3:3; Ap.3:7).
02. Efésios 4:30 - O crente está selado no Espirito Santo (Ef.1:13; IITm.2:19), e este selo é inviolável e irrevogável (Es.8:8; Dn.6:12).
03. II Coríntios 1:22 - O crente tem o penhor do Espirito Santo como garantia segura e inabalável (IICo.5:5).
04. Gálatas 3:15 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão (Gl.3:29), uma aliança irrevogável.
05 I Coríntios 11:25 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança incondicional, selada com sangue (Jr.34:18, 19; Gn.15:12-21), e não com sapato (Rt.4:7,8) ou com sal (Nm.18:19; Lv.2:13).
06. Gênesis 15:12 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança unilateral (o rompimento da aliança só seria possível se Deus morresse).
07. Jeremias 31:31-33 - Mediante a nova aliança (com sangue), o temor do Senhor é insuflado no coração do crente (Jr.32:39,40) para que não se aparte de Deus (Hb.3:12;8:8-13; Ez.36:26,27).
08. Salmos 12:7 - O crente é guardado por Deus, do mal que há no mundo.
Louvado seja o Senhor Jesus Cristo pela Salvação eterna! Engrandecido seja o seu nome, porque a salvação das nossas almas não depende dos nossos esforços, e sim exclusivamente dele. Somos irremediavelmente salvos, vamos viver com Cristo pelos séculos dos séculos amém!

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