quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

"O QUE FOI O PENTECOSTES E O QUE REPRESENTA?

Era uma festa celebrada pelos judeus iniciada cinquenta dias após a festa da páscoa. Enquanto a festa da páscoa lembrava ao povo que Deus era Redentor, a festa de pentecostes ou da semana, lembrava-lhe que Deus era o sustentador, o Doador de toda boa dádiva. Pentecostes marcava o fim da colheita do trigo.( Ex. 23:16 ) quando ofereciam a Deus as ofertas das primícias do sustento básico do povo israelita. Estas ofertas eram apresentadas a DEUS junto com um cordeiro sem defeito, em holocausto, ao Senhor . Jesus se apresentou como oferta para nossa aceitação. Ele era tanto as primícias como o cordeiro sem defeito. Ele foi movido diante de Deus, o cheiro da sua oferta foi agradável a Deus e por isso fomos aceitos. Aleluia!!!.  "Pentecostes" é muito importante tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Pentecostes é, na verdade,  a Festa das Semanas (Levítico 23:15, Deuteronômio 16: 9).e significa "cinquenta" e refere-se aos 50 dias que se passaram desde a oferta de Páscoa. A Festa das Semanas comemorava o fim da safra de grãos. Mais interessante, contudo, é a sua utilização em Joel e Atos. Ao olhar para trás à profecia de Joel (Joel 2: 8-32) e para frente à promessa do Espírito Santo nas últimas palavras de Cristo na terra antes da Sua ascensão ao céu (Atos 1:8), apartir deste dia inicia a igreja primitiva.
A única referência bíblica aos eventos reais de Pentecostes é Atos 2:1-3. Pentecostes é uma reminiscência da Santa Ceia; em ambos os casos, os discípulos estão juntos em uma casa para o que vem a ser um evento importante. Na última ceia, os discípulos testemunham o fim do ministério terreno do Messias quando Ele pede que se lembrem dEle após a Sua morte até o Seu retorno. os discípulos testemunham o nascimento da formação da igreja cristã do Novo Testamento com a vinda do Espírito Santo para habitar todos os crentes. Assim, a cena dos discípulos nos aposentos no dia de Pentecostes une o início da obra do Espírito Santo na igreja com a conclusão do ministério terreno de Cristo no Cenáculo, antes da crucificação.
A descrição do fogo e vento mencionados no relato ressoa por todo o Antigo e o Novo Testamento. O som do vento no dia de Pentecostes foi "impetuoso". Referências bíblicas ao poder do vento (sempre entendido como estando sob o controle de Deus) não faltam. Êxodo 10:13, Salmo 18:42 e Isaías 11:15 no Antigo Testamento e Mateus 14: 23-32 no Novo Testamento são apenas alguns exemplos. Mais significativo do que o vento como poder é o vento como vida no Antigo Testamento (Jó 12:10) e como espírito no Novo (João 3:8). Assim como o primeiro Adão recebeu o sopro da vida física (Gênesis 2:7), do mesmo modo o segundo Adão, Jesus, traz o sopro da vida espiritual. A ideia da vida espiritual gerada pelo Espírito Santo é certamente implícita no vento no dia de Pentecostes.
e de repente, veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. “(At. 2:2-4). Este relato não é a promessa do batismo com o Espírito Santo. É a promessa da presença de Jesus continuamente com seus discípulos. É a promessa de nos fazer sua habitação permanente e a promessa de poder, para sermos testemunhas ( Joel 2:28,29; Lc. 24:49; Jo. 14:17; At. 1:4-8).O fogo é muitas vezes associado no Antigo Testamento com a presença de Deus (Êxodo 3:2; 13:21-22; 24:17, Isaías 10:17) e Sua santidade (Salmo 97:3; Malaquias 3:2). Da mesma forma, no Novo Testamento, o fogo está associado à presença de Deus (Hebreus 12:29) e à purificação que Ele pode trazer à vida humana (Apocalipse 3:18). A presença e santidade de Deus estão implícitas nas línguas de fogo durante Pentecostes. Na verdade, o fogo se identifica com o próprio Cristo (Apocalipse 1:14, 19:12); esta associação é naturalmente subjacente ao presente do Espírito Santo, o qual iria ensinar aos discípulos as coisas de Cristo (João 16:14).
Um outro aspecto do Dia de Pentecostes é o milagroso falar em línguas estrangeiras que permitiu que pessoas de vários linguas compreendessem a mensagem dos apóstolos. Além disso, temos a pregação corajosa e incisiva de Pedro a um público judeu. O efeito do sermão foi poderoso, pois os ouvintes "compungiu-se-lhes o coração" (Atos 2:37) e foram instruídos por Pedro a “Arrependei-vos e seja batizado” (Atos 2:38). este evento termina com três mil almas sendo adicionadas à comunhão, com o partir do pão e orações, com sinais apostólicos e maravilhas e com uma comunidade formada na qual as necessidades de todos eram atendidas.
Na festa original judaica seguia-se às primícias, a oferta pelo pecado, mas graças a Deus que jesus nos liberou nossos pecados e não há mais oferta pelo  pecado, mas há a alegria do Espírito Santo. Foi isso que aconteceu com os discípulos. Eles estavam reunidos e, então, se cumpriu o dia de pentecostes, mas em vez de iniciarem os preparativos  próprio da festa, Deus começou uma nova festa.

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