quinta-feira, 14 de abril de 2016

"EXISTE PECADO E FALTAS?

Já ouvi de alguns púlpitos que quando uma pessoa peca e, para alguns, o único pecado é a fornicação, o resto são faltas, bem no ensino do catolicismo romano sobre o pecado mortal e o pecado venial. Afirmam que Deus apaga todas as virtudes ou bens que a pessoa tenha feito. Alguns vão além: Deus traz de volta todos os pecados.
Alguns seguimentos até rebatizam o crente que “pecou”; outros, nem aceita mais. Só agregam pessoas “perfeitas”. Igrejas que não trata os seus feridos, que não acolhe ao que peca; é como um hospital que não cuida de doentes. Deveria fechar suas portas. Os são não necessitam de médico, disse Jesus (Mt 9:12). Os “perfeitos” (existem?) não precisam ser salvos, não necessitam de oração, exortações, louvar a Deus. Não precisam orar em nome de Jesus porque se acham cheios de “créditos”. Não devem nada. São ensinos perniciosos.
Nas Sete cartas dirigidas às Congregações Cristãs na Ásia Menor (Ap 2 e 3), através do exilado apóstolo João, temos o claro ensino de que mesmo quando o crente peca gravemente Deus jamais apaga as boas obras que praticou; as decisões certas que tomou na vida. Deus traz à memória estas boas obras, a fim reanima-lo; a fim de que veja que apesar da queda, Deus não se esqueceu do compromisso assumido na conversão.
Em todas as cartas aparece a balança fiel do Senhor: “Tenho contra ti - tenho a teu favor”. Até pecados de heresia aqueles crentes cometeram; Deus os repreende severamente; mas convida ao arrependimento e traz a memória que as boas obras e os feitos não estão esquecidos.
“Se fiel até a morte” e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2:10) não quer dizer que a salvação é algo a ser conquistada pela fidelidade. Ninguém conseguiria. É dom gratuito; não se conquista por obras (Rm 6:23; Ef 2:8, 9); não quer dizer que só será coroado quem nunca pecou durante a caminhada. Inicialmente o texto se referia à perseguição de 10 anos que surgiu através de Nero ao reinado de Diocleciano; e “até a morte” queria dizer que deveriam estar preparados para morrer por causa do testemunho.
Embora a fidelidade deva ser a meta a ser perseguida pelo crente, contudo, se formos infiéis Ele permanece fiel (II Tm 2:13). É a fidelidade de Jesus que nos garante. Os vencedores que não sofrerão o dano da segunda morte; não é um grupo de “super” crentes, mas todos os crentes que vencem a si mesmos; caem e se levantam confiando nas misericórdias que se renovam cada manhã.
Bem antes de completar a Escrita do Sagrado Livro, dois homens, em tempos diferentes, oraram corretamente sobre Deus “apagar e não apagar”. Davi orou: “Apaga todas as minhas iniquidades” (Sl 51:9). Neemias orou: “Não apagues o que de bom tenho feito” (Ne 13:14). O apagável é o pecado. Não tem como trazer de volta já que foram apagados. O não apagável é a virtude. O pecado Ele apaga depois do arrependimento e confissão, por isso, a falta de arrependimento e confissão produz tremendo desconforto. A culpa seca os ossos.
Não há nada mais encorajador do que saber que as boas obras e o nosso trabalho estão registrados em Seu memorial; não para nossa salvação, mas como fruto da salvação: Os pecados confessados foram apagados, mas as boas obras e o trabalho Deus não apaga, e leva isso em conta para reanimar e restaurar o que pecou; Não quer que nenhum dos que creram em Jesus se perca (Jo 6:39)

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