segunda-feira, 4 de abril de 2016

"O QUE É ENTRAR NO ESPIRITO?

”Algumas pessoas ensinam que isso acontece no momento da conversão: quando alguém pede a jesus que entre em seu coração. Outros acreditam que isso acontece em algum ponto durante a conversão do cristão: no batismo ou simplesmente quando o Espírito decide. Outros, ainda, acreditam que “estar cheio do Espírito Santo é uma ocorrência circunstancial e temporária, usada para um trabalho específico de Deus na terra, através de seus servos. Quaisquer que sejam suas crenças pessoais, vários passos das Escrituras estão certamente envolvidos. Sabemos que o Espírito Santo está conosco porque a Palavra de Deus nos diz assim. Todo crente verdadeiramente nascido de novo é habitado pelo Espírito Santo, mas nem todo crente é "controlado" pelo Espírito santo; há uma diferença distinta entre os dois. Quando andamos na nossa carne, não estamos sob o controle do Espírito Santo, apesar de que ainda somos habitados por Ele. O Apóstolo Paulo comenta sobre essa verdade, e ele usa uma ilustração para nos ajudar a entender. “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18). Muitas pessoas leem esse versículo e o interpretam como se o Apóstolo Paulo estivesse falando contra o vinho. No entanto, o contexto dessa passagem é a caminhada e a luta do crente que está cheio do Espírito Santo. Portanto, nesse versículo, há algo que vai mais além do que uma simples advertência 
contra beber muito vinho.
Quando uma pessoas estão bêbadas, elas exibem certas características: elas cambaleiam, o seu falar é arrastado e seu discernimento é prejudicado. O Apóstolo Paulo faz uma comparação aqui. Da mesma forma que há certas características que nos permitem enxergar quando alguém esta sob o controle de muito vinho, também deve haver certas características que nos permitem ver quando alguém está sob o controle do Espírito Santo. Lemos em Gálatas 5:22-24 sobre o "fruto" do Espírito. Esse é o Seu fruto, e é exibido pelo crente que é nascido de novo e que anda sob o controle do Espírito.
O tempo verbal em Efésios 5:18 indica um processo contínuo de estar cheio do Espírito Santo. Já que é uma exortação para estarmos “cheios do Espírito”, isso indica que também é possível que não estejamos "cheios" ou controlados pelo Espírito. O resto do capítulo 5 de Efésios nós dá as características de um Cristão cheio do Espírito Santo: "falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo" (Efésios 5:19-21).
Portanto, o crente que é nascido de novo não deve ser controlado por nada mais do que o Espírito Santo. Não somos cheios do Espírito porque "sentimos" que somos, mas porque esse é um privilégio e garantia que temos em Cristo. Ser cheio ou controlado pelo Espírito é o resultado de andar em obediência ao SENHOR. Esse é um presente da graça de Deus e não um sentimento emocional. Emoções podem e vão nos enganar – ao ponto que podemos entrar em um estado emocional de muito furor e ser puramente uma obra da carne e não do Espírito Santo. "Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gálatas 5:16,25). 
Na verdade não somos espirituais por simplesmente possuirmos os dons sobrenaturais relacionados nos capítulos 12 e 14 de 1 Coríntios, a par da sua grande importância, mas por possuirmos as virtudes do amor destacas no 13º capítulo da mesma epístola.
O Espírito Santo nos foi dado para realizar a nossa transformação à imagem de nosso Senhor Jesus Cristo. Para nos fazer crescer na graça e no conhecimento de sua pessoa divina, aumentando em nós em graus cada vez maiores, a sabedoria, o entendimento, a obediência, a força, o conhecimento espiritual e o temor do Senhor. É com isto que seremos também cada vez mais misericordiosos, longânimos, benignos, pacientes, perseverantes, sóbrios, moderados, gentis, amorosos, pacificadores, alegres, fiéis, mansos e possuindo tudo o mais que nos torna efetivamente semelhantes a Cristo, como pessoas que amam a Deus e que são por ele amadas, em íntima comunhão espiritual.
O poder do Espírito Santo é sobretudo usado para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo, de modo que possamos ser conduzidos, pecadores que somos, à conversão.


Por isso nos é ordenado que não vivamos apenas no Espírito, por tê-lo recebido na conversão, mas que andemos em santidade no Espírito, ou seja, que sejamos guiados por ele em todo o nosso comportamento, Gál 5.16.

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