sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A CORUJA:

(06/11/15)
A CORUJA: Por muito tempo ficou conhecida como ave agourenta, e em parte devido a sua estranha aparência. Acredita-se que ela anuncie desgraças, e que seu voo sobre a casa de um enfermo é sinal de morte. Para afastar o mau presságio muitas crendices populares foram alimentadas. Uma delas recomenda fazer uma fogueira com pimenta e vinagre para que ela queime a língua. Caso ela emita um som lúgubre, é necessário tirar toda a roupa, virá-la do avesso e colocá-la de novo. Interessante que num passado distante o misticismo sobre esta ave estava relacionado a virtudes.
Na Grécia antiga, ela era considerada uma ave sagrada, e representava a deusa Atena (da coragem e sabedoria) e também o dom da clarividência dos adivinhos. Fatores biológicos ajudaram a coruja a ganhar esses poderes, como a estrutura de suas penas que permite o voo silencioso e a presença de discos faciais que captam ruídos. Além disso, seus ouvidos assimétricos (um focaliza os sons que vêm de baixo, o outro, os de cima) permitem caçar suas presas de olhos fechados; capaz de enxergar na escuridão e girar o pescoço até 270 graus.
Mas ela caiu em desgraça, e para os astecas ela passou a simbolizar “Avatar”, o deus dos infernos, da noite, da chuva e das tempestades. Na cultura celta era a bruxa da noite; para os indígenas norte-americanos a divindade da morte, guardiã dos cemitérios. Também conhecida como “rasga mortalha” devido o voo baixo e pesado, e o barulho de suas asas, como um pano sendo bruscamente rasgado.
Mas que diz a Bíblia sobre a coruja? Ela é citada como “mocho” e está entre as aves consideradas imundas para alimentação por se tratar de ave de rapina (Lv 11:16), alimentando-se de roedores, insetos e aves menores. O salmista, na sua solitária aflição, sentiu-se como “o mocho” [coruja] dos lugares desolados (Sl 102:6). Pelo aspecto da ave; solitária, de hábitos noturnos, de piado triste, a Bíblia a associa à desolação de Edom (Is 34:11); e, também predisse que as casas abandonadas nas ruínas de Babilônia, encher-se-iam de sátiros [plural de coruja (Is 13:21)].
Mas não há nada na Bíblia que identifique a coruja como ave agourenta. É uma das criaturas de Deus e tem sido uma benção às demais criaturas pelo seu trabalho a fim de manter o equilíbrio ecológico, dando fim a roedores que se multiplicariam tanto que prejudicariam o próprio homem.
Uma das coisas que identifica o povo de Deus como separado das gentes é o fato de não crer em nenhuma espécie de superstições ou trazer consigo crendices. “aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Ele [Jeová] te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estarás seguro, não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia, nem peste que ande na escuridão” (Sl 91).
Assim, ao ver uma dessas criaturas voando a noite sobre seu telhado, ou com seu canto triste e melodioso, em vez te temer, dê glorias a Deus que tudo fez com sabedoria e planejou cada detalhe para que a terra fosse um lar gostoso para a família humana. Embora o pecado e os homens maus a tenha danificado, Deus promete “destruir todos os que destroem a terra” (Ap 11:18); e promete Novos Céus e Nova Terra onde os salvos habitarão com segurança (Ap 21); porque os “Céus são os céus do Senhor, mas a terra Ele deu aos filhos dos homens para que nela habitem nela sempre (Sl 115:16; 37:29).

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