domingo, 8 de novembro de 2015

BEM AVENTURADOS

 (11/11/15)
BEM AVENTURADOS os pacificadores (Mt 5:9). A palavra paz (Shalom) ocupa toda a Escritura. Quando nossos primeiros pais pecaram e tentaram se esconder da presença do Senhor, como se isto fosse possível, o Deus de paz “fez de conta” e os procurou dizendo: onde estás? E fez promessas de paz. De restaurar os seus descendentes à comunhão por meio do Descendente Santo que pisaria na cabeça da serpente (Gn 3:9-15).
Quatro mil anos depois quando foi anunciada a chegada do Descendente Santo, apareceu uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: “Gloria a Deus nas alturas, PAZ na terra, Deus está de boa vontade para com os homens” (Lc 2:13, 14).
Quando Jesus enviou os primeiros missionários a pregar de casa em casa, os instruiu: “Em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. Nem sempre é possível ter paz com todos os homens, alguns opositores são violentos no falar e nas ações; por isso Paulo escreveu: Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens (Rm 12:18).
Mesmo entre irmãos cristãos existem aqueles que procuram motivos para promover a guerra e não a paz. Mas o conselho inspirado é: “Busque a paz, e siga-a. Tende paz entre vós” (I Pe 3:11; I Tess 5:13)). Um bom conselho para lidar com estes é: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15:1). Outro bom conselho para lidar com contendores é: “Não havendo lenha, o fogo se apaga; não havendo maldizente, cessará a contenda” (Pv 26:20). Quantas tragédias familiares têm sido evitadas por seguir este conselho.
O mundo fala muito de paz. O século 20 começou com um profundo otimismo humanista; mas logo veio a Primeira Guerra e cerca de 30 milhões de pessoas morreram. Logo em seguida a 2ª Grande Guerra e 60 milhões pereceram. O comunismo levou milhões a morte.
Passeatas, faixas, belos discursos; orações de mãos dadas; manifestações são vistas proclamando a paz. Logo após a 2ª Grande Guerra criou-se a Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a paz; mas o que temos assistido é um conflito após o outro. Alguém já disse que Washington tem inúmeros monumentos à paz. Depois de cada guerra constroem um.
Apesar dos inegáveis esforços de alguns, os homens agem assim porque a paz duradoura só é possível quando o coração do homem for transformado; ele precisa primeiramente fazer paz com Deus. Inimigos por causa do pecado, Deus oferece esta reconciliação (Rm 5:1, 10). Paz não é a ausência de conflitos. Não é fuga do confronto. Não existe conflito num cemitério. Paz é a presença da justiça pela implantação do reino de Deus no coração do homem.
Conheci alguns servos de Deus pacificadores (anciãos). Davi Finotti e Luiz Amorim, dois deles. Tive um grande amigo, pastor Ivan Espíndola de Ávila, que foi atuante presidente e secretário da SBB, e conheci pastor Elben Cesar, diretor da Revista Ultimato; dois homens pacificadores, e apesar de nossas diferenças denominacionais sempre envidaram esforços em nos inserir no contexto da gloriosa história evangélica nacional.
A Medalha do Pacificador foi cunhada em 1953, homenageando o Duque de Caxias, patrono do Exército brasileiro que se empenhou pela paz. Outro marechal chamado de “O Pacificador” foi Cândido Mariano Rondon: pacificador na causa indígena, ficou conhecido pelo lema: “Matar nunca, morrer se preciso for”.
O salvo é um pacificador por natureza; mais do que “condecorações” ele almeja a bem-aventurança: Os pacificadores serão chamados de filhos de Deus (Mt 5:9).

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