terça-feira, 3 de novembro de 2015

"O DIA DE FINADOS."

O DIA DE FINADOS. A data era completamente desconhecida nos primeiros séculos do cristianismo. Ainda que alguns aleguem que eram comuns as visitas as catacumbas, contudo, não havia um dia determinado para isto, nem os cristãos prestavam qualquer homenagem aos falecidos, pois sabiam da proibição em se consultar os mortos; seja no sentido de interceder por eles, ou fazer petições. Isto é uma abominação (Dt 18:10-12).
O costume de rezar pelos mortos foi introduzido paulatinamente. Já percebeu que quando deixamos um local claro e entramos num ambiente escuro, num primeiro momento não enxergamos um palmo à frente, mas devagar nos acostumamos e andamos normalmente em meio às trevas? Assim aconteceu com a intercessão pelos mortos.
Copiando uma antiga crença dos celtas e dos gauleses que celebravam uma festa oferecendo sacrifícios para libertar os espíritos aprisionados; o papa Gregório, o Grande [593-604] criou o purgatório, onde supostamente as almas dos que morreram não estando num estado de graça ardiam em chamas, menos quente que o “inferno”, mas precisavam ser libertas, então surgiu a necessidade separar um dia para interceder pelos mortos, com rezas, velas; ou oferendas como procedem os budistas pagãos para apaziguar os espíritos dos mortos.
Quem primeiro teve a ideia de instituir uma data específica aos mortos foi o monge beneditino Odilon (962-1049) abade em Cluny, em Borgonha, na França. Em 02 de novembro de 998 ele impôs aos que seguiam a Ordem Beneditina a obrigatoriedade de se rezar pelos mortos. Houve alguma resistência de início, mas no século XI os papas, Silvestre II (1009) João XVIII (1009) e Leão IX (1015) oficiaram a data que passou a fazer parte do calendário litúrgico.
Que diz a Bíblia? Que na sepultura os mortos não têm como se lembrar de Deus (Sl 6:5); que sua memória foi entregue ao esquecimento (Ec 9:5, 6). Que os mortos estão aguardando uma ressurreição: Os salvos na vinda de Cristo (I Co 15; I Tess 4:13-18); livres de julgamento quanto a salvação, pois são declarados justos mediante a fé em Cristo, e nenhuma condenação os aguarda (Rm 5:1; 8:1); e os não salvos no final do milênio (Ap 20:11-15)
Não podemos interceder pelos mortos, porque na morte o destino está selado. A salvação é de graça para o pecador, mas ela tem um preço. O preço é a vida Humana Perfeita de Jesus, e a pessoa é que decide em vida se quer ou não que Jesus quite a dívida do pecado. Não há nada que possamos fazer. Os mortos não tem como interceder por nós, e mesmo que estivessem vivos e conscientes em algum lugar [não estão] só existe um Mediador entre Deus e os Homens: Jesus Cristo homem (I Tm 2:5).Claro que devemos zelar pelos túmulos memoriais de nossos entes queridos. No antigo Israel os que morriam sem esperança de ressurreição eram lançados, junto com carcaças de animais, na Geena de fogo que ficava no vale de Hinon; em consequência disso, havia bichos e o fogo nunca se apagava pelo farto material de fácil combustão. Jesus mencionou a Geena para exemplificar o lago de fogo onde serão lançados o diabo, seus anjos, e os homens iníquos.Mas os santos de Deus sempre tiveram um tumulo, onde os familiares costumam escrever na lápide um texto Bíblico que expresse a esperança da ressurreição; e ainda que com o tempo nossa lembrança dos mortos se enfraqueça; eles estarão sempre no memorial de Deus. Ele tem o nome dos seus santos escritos no Livro da vida (Fp 4:3)

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