(30/12/15)
FELIZ ANO NOVO! Sem dúvida será a saudação mais ouvida nos próximos dias, quando adentramos um Novo Ano. É uma época festiva em que se encerra um ciclo, com seus balanços de perdas e ganhos, e planejamentos para o Novo Ano. A celebração do Ano Novo não foge à regra de um mundo sem Cristo, cheio de crendices e mitos.
Os chineses oferecem bolos e doces aos seus ídolos, especialmente ao deus encarregado da cozinha, que acreditam naquele dia fazer um relatório ao deus Jade, o responsável pelas recompensas e punições. E para obter o seu favor limpam bem o santuário acima do fogão.
Embora os chineses comemorem com mais fervor o ano novo lunar celebrado entre 21 de janeiro e 19 de fevereiro; desde 1912 tem adotado o calendário Gregoriano, tornando assim, o ano novo solar em 1º de Janeiro em uma data bastante festiva. Consideram as riquezas materiais o maior sucesso e o alvo mais desejável na vida. Algumas comunidades no 5º dia do ano costumam celebrar o dia do “deus dinheiro”. Queimam incenso e vendem lanternas da sorte para serem penduradas nas portas.
Os Japoneses também seguem tradições idênticas, e confiam nos mesmos deuses feitos por mãos humanas que nada valem. Não é muito diferente no lado Ocidental onde predomina o cristianismo nominal. Católicos e Umbandistas, espiritualistas de várias correntes, se unem nestas ocasiões participando das mesmas celebrações ou outras semelhantes.
Umbandistas e católicos se vestem de branco para atrair a paz e a boa sorte no ano entrante. Alguns fazem questão de comemorar a beira-mar e fazem oferendas lançando flores à Iemanjá, que é a mesma “nossa senhora” para os católicos. Outros protetores da cristandade também são invocados a fim de atrair bons fluídos, boa sorte, riqueza e muito dinheiro.
Neste tempo estão em alta as cartomantes, horoscopistas e feiticeiras em geral que são consultadas por católicos e espiritualistas. O mundo artístico da televisão se empenha em divulgar e influenciar a massa. Tudo gira em torno de boa saúde, boa sorte e dinheiro.
Alguns seguimentos Neopentecostais, para aumentar o rebanho, também se vestem de branco e usando uma “linguagem” que parece Bíblica e evangélica pregam a “doutrina da prosperidade”; mas na verdade uma corrida desenfreada em busca do sucesso e da fortuna. Pobreza virou sinônimo de falta de fé no poder de Deus.
A fé, acompanhada de oferta, virou moeda de troca, quem tem, e quem oferta mais, leva a “bênção”. E as igrejas nada mais que um balcão de negócios. Mesmo em comunidades onde o dinheiro não é destaque nem interesse, há uma busca em “ouvir a Palavra”, não para aprender acerca do Reino de Deus e doutrinas Bíblicas que edificam; mas apenas como resolver problemas do cotidiano. Como vender, comprar, mudar de casa, resolver problemas amorosos, casar e, pasmem! Como descasar.
Não há nada de errado em desejar possuir bens materiais. Uma publicação que ainda orienta os maiores centros universitários do mundo tem como título: “A Ética Protestante e o espírito do Capitalismo”, de Max Weber, nascido em Erfurt, na Prússia [1864], tese contrariando o pensamento radical dos puritanos protestantes de sua época.
Nela se discute que não há incompatibilidade entre riquezas materiais e a graça divina. Dai, a América e Europa Protestante lançou fora a ideia do sofrimento e pobreza como requisitos para se obter o céu. Mas Max Weber fala do capitalismo que provém do esforço, diligência e trabalho honesto; com a bênção e orientação de Deus, mas sem apelar para milagres nesta área.
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