DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (09/03/15)
NÃO JULGUEIS para que não sejais julgados (Mt 7:1). Este versículo é muito apreciado por crentes que, devido alguma conduta não recomendável; então acham nele uma defesa; mas a Bíblia não proíbe de maneira absoluta e irrestrita os julgamentos.
O versículo de nº 5 salienta que tirar o argueiro do olho de um irmão é correto; desde que não seja como os fariseus hipócritas que tinham uma trave no olho e queriam tirar um “cisco” do olho do outro. Jesus até estabeleceu regras como devemos proceder no julgamento de um irmão:
Se teu irmão pecar [contra ti] repreende-o entre ti e ele, se te ouvir,
ganhaste teu irmão. Um segundo recurso, se ele não ouvir, é adverti-lo diante de duas ou três testemunhas; se ainda assim ele não ouvir, deve ser levado a Congregação [ao Conselho de anciãos] e, só depois, se não ouvir o conselho, deve ser desligado da comunhão (Mt 18:15-20). O texto se refere à disciplina na Igreja, por isso as demais versões trazem [contra ti] entre colchetes.
Se teu irmão pecar [contra ti] repreende-o entre ti e ele, se te ouvir,
ganhaste teu irmão. Um segundo recurso, se ele não ouvir, é adverti-lo diante de duas ou três testemunhas; se ainda assim ele não ouvir, deve ser levado a Congregação [ao Conselho de anciãos] e, só depois, se não ouvir o conselho, deve ser desligado da comunhão (Mt 18:15-20). O texto se refere à disciplina na Igreja, por isso as demais versões trazem [contra ti] entre colchetes.
Os anciãos que pecam devem ser repreendidos publicamente; mas acusação contra eles só devem ser aceitas com testemunhas (I Tm 5:19, 20)
Em seguida o texto fala sobre “ligar e desligar”; em princípio passa-se a ideia de que uma pessoa desligada por um ministério estará automaticamente desligada no céu; mas Jesus não confiaria tanta autoridade a homens pecadores e falhos, às vezes parciais nos julgamentos.
O texto deve ser entendido à luz de Mateus 16:19, quando Jesus diz a Pedro que lhe daria “as simbólicas chaves para ligar e desligar no céu o que for ligado ou desligado na terra”. Lendo esta passagem em harmonia com João 20:23, onde é dito: “aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados: e aqueles a quem os retiverdes lhe são retidos”; e como só Deus pode perdoar pecados; então só Deus pode “ligar e desligar”.
Ao presbítero [ancião] cabe apenas declarar o “julgamento” de Deus sobre o assunto tratado; se a pessoa ouvir, está ligada no céu; se rejeitar estará desligada; se o ministro não aplica corretamente a Palavra da Escritura, então ele tem uma trave que precisa ser tirada antes de tentar tirar “argueiro” no olho do irmão.
Paulo fala que haveremos de julgar os anjos (I Co 6:3). [evidentemente os que pecaram com as filhas dos homens, Gn 6:4; II Pe 2:4; Jd 6]; então um irmão não deve levar outro a tribunal sem antes considerar o assunto á luz das Escrituras; claro, isto não dá margem para esconder crimes e abusos, estes devem ser tratados na justiça comum.
O mesmo Paulo em duas ocasiões escreve sobre evitar julgamentos quanto à alimentação, [vegetariano ou não]; ou sobre a observância de dias festivos [judeus cristãos continuavam observando as festas solenes]; um irmão não deve julgar outro sobre essas questões; cada um tenha opinião bem definida (Rm 14:1-10).
Assim, os julgamentos são benéficos e visam o nosso bem. Se formos julgar a nós mesmos seremos sempre complacentes, por isso é dito que somos julgados agora [pela Palavra da Escritura], para não sermos condenados com o mundo (I Co 11:32).
O pior “julgamento” que um ministério faz ao que peca é ignora-lo, deixar de saudá-lo, de aconselhar e amar. Este tipo de “julgamento” Jesus condenou e exemplificou no perdão à mulher adúltera, e Paulo no caso do fornicário de Corinto. O julgamento que a Bíblia recomenda é aplicar a Palavra, mostrando a gravidade do pecado e indicando caminhos para o pecador restaurar a comunhão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário