terça-feira, 15 de dezembro de 2015

NOSSA BÍBLIA...

(15/12/15)
NOSSA BÍBLIA. Em quase todas vem escrito: Velho e Novo Testamento. 39 livros do Gênesis a Malaquias [Velho Testamento], e 27 livros de Mateus ao Apocalipse [Novo Testamento]. Essa divisão visa ajudar o leitor a entender que os 39 livros (VT) são parte da Aliança entre Jeová e os Israelitas; enquanto os 27 livros (NT), contém a Nova Aliança entre Deus e pessoas de todas as nações que reconhecem e aceitam a Jesus como o Filho de Deus. Quando entendemos Testamento como Aliança ou Pacto, fica fácil essa compreensão. Mas na verdade a palavra correta são Escrituras Hebraicas (VT) e Escrituras Gregas Cristãs (NT).
Em Lucas 22:20 a Versão Corrigida de Almeida traz a palavra Novo Testamento; as demais versões traduziram a palavra como Nova Aliança. A Palavra, Velho ou Novo Testamento, tem levado leitores de uma versão só, e para espanto nosso até pregadores; que costumam formar doutrinas com textos isolados, numa interpretação equivocada das palavras de Paulo sobre o “Velho Testamento o qual foi por Cristo abolido” (II Co 3:14); entender que os 39 livros do Velho Testamento foram abolidos.
Claro que Paulo não está falando de livros, mas de “Alianças, de Pactos, de Concertos”; por isso, no mesmo capítulo Paulo fala que a “letra mata, mas o espírito vivifica”; aqui também Paulo não está falando da letra e leitura da Bíblia; Deus não iria mandar escrever um livro para “matar” quem o lesse. Os clérigos católicos romanos usaram desse equívoco; propositadamente porque conheciam a verdade, para proibir a leitura da Bíblia em 1229, e até 1965, quando o Concílio Ecumênico liberou sua leitura. Outros seguimentos têm usado num zelo sem entendimento, mas igualmente para ter domínio.
Pelo contrário: Paulo escreveu a Timóteo que as Sagradas letras que ele conhecia desde a meninice, podiam torna-lo sábio para a salvação que há em Cristo Jesus (II Tm 3:15); antes já o havia aconselhado a apresentar-se como obreiro que não tem do que se envergonhar, que “maneja’ bem a palavra da verdade (II Tm 2:15); este conhecimento da letra o capacitou a ser um ancião cristão.
Portanto, a “letra mata”, se refere a letra da lei que trazia condenação porque o homem é incapaz de salvar-se a si mesmo através da prática da lei ou de boas obras; então, o espírito da lei mostrava essa incapacidade levando o homem até Cristo que o vivifica pela fé.
Por isso, foi abolida a Velha Aliança com os hebreus, outorgada através de Moisés; e não os livros do VT; e fomos feitos ministros de uma Nova Aliança firmada no sangue de Jesus. Esta Nova Aliança [Novo Testamento ou Pacto] está tanto nos Livros do chamado Antigo Testamento, onde várias coisas ainda não se cumpriram; e principalmente no chamado Novo Testamento, onde muita coisa irá se cumprir.
A Antiga Aliança era firmada mediante o sangue de animais que prefiguravam o Cordeiro de Deus que havia de vir, por isso eram salvos e cheios do Espírito Santo os que a praticavam com fé na vinda do Messias.
Aliança entende-se um “contrato” entre duas partes: Outorgante [Deus]; outorgado [Israel]. Não cabe ao outorgado alterar um “Contrato”, mas Israel o alterou com tradições e interpretações particulares, então a Aliança foi suspensa até que Israel reconheça a principal “cláusula” que inclui a aceitação do Messias como seu Rei Ungido (Rm 11). Na Nova Aliança temos um “contrato” pessoal, entre nós e Deus, que como outorgados não podemos alterá-lo. E Deus certamente não altera seus santos propósitos para conosco. Ele é fiel.

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