quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

"PODEMOS SER CHAMADO DE SANTO?

 (24/02/16)
DUAS colocações errôneas que muitos crentes têm, de “santo e de salvação”: Costumo ouvir que “ninguém é santo”, expressão aproximada dos romanistas de que nenhum comedor de feijão é santo, o que quer dizer que pessoas comuns não podem jamais ser chamadas de “santas”; contudo, é fata de ler as Escrituras, particularmente as cartas de Paulo dirigidas às Congregações onde sempre inicia ou termina saudando afetuosamente aos “santos”; as vezes com beijo santo.
Claro que Paulo não está falando de figuras, imagens, ou de pessoas vivendo numa clausura longe de tudo e de todos; estas podem ser mais pecadoras que pessoas vivendo em meio a corrupção do mundo. A pessoa pode viver numa clausura, rezar ou orar o dia todo, e ser terrivelmente pecadora; pode viver em meio ao pecado e não se contaminar. Primeiro porque o pecado nasce no coração; um exemplo é o conselho de Paulo acerca dos que vivem “abrasados” aconselhando-os que se casem (I Co 7:9).
Ao se dirigir aos “santos”, Paulo está falando de pessoas comuns; irmãos em Cristo que haviam aceitado a justificação pela fé e por isso eram declarados santos. Não se tornaram santos por suas obras, méritos pessoais ou aparência exterior, mas pelo sangue remidor de Cristo. O erro é confundir santo com perfeição, pois segundo a Bíblia são palavras e conceituações distintas. Santo não quer dizer perfeito, este é outro alvo lançado por Jesus: “Sede perfeitos, como Perfeito é vosso Pai” (Mt 5:48).
Santo é um termo Grego/Hebraico que tem o sentido de “separados”; pessoa separada como propriedade de Deus e a seu serviço; esta santificação cristã é posicional, com base no sangue remidor de Jesus (Hb 10:10-14). Quando fomos chamados pelo Senhor e atendemos seu convite amoroso somos declarados santos (separados), independente do nosso crescimento e conhecimento, e até mesmo de nosso modo de vida ainda em fase de ajustamento à Palavra e a moral de Deus; pois o fato de estar buscando conhecer e se submeter a Sua vontade é o processo de santificação.
O crente não se torna “santo” por cumprir “regrinhas”, por vestir e ser diferente de todo mundo. Jesus reprovou muitos desses em seus dias e os comparou a sepulcros caiados; a santificação que vem de Deus, através de Seu Espírito, começa no interior do homem; e seu progresso é na medida em que vai obtendo conhecimento e fugindo de toda pecaminosidade; porque a Palavra de Deus é que lava e purifica a mente e o coração, e não posturas religiosas, como penitências e sacrifícios; estas podem atrapalhar o processo gradativo de santificação.
Quanto a ser salvo; muitos cantam “Cristo salvou-me tenho certeza”; cantam como papagaios, mas não tem esta certeza, porque erradamente acreditam que a salvação é algo a ser conquistado por esforços humanos ou pela obediência; estas coisas, quando são frutos da salvação agradam a Deus, mas não conquistam à salvação. Salvação é dom gratuito; não vem das obras; e Deus que nos dá o selo de garantia (Ef 1:13, 14).
Salvação pressupõem libertação, segurança, preservação, cura e perfeição. Neste sentido podemos dizer que a salvação se desenvolve em três etapas. 1-) Quando cremos em Cristo ficamos livres da condenação do pecado original, do qual ninguém escapa; Jesus foi a única exceção. 2-) O cristão continua no processo de salvação sendo salvo do hábito e do domínio do pecado. 3-) Na volta de Cristo o cristão será salvo de todas as fraquezas físicas causadas pelo pecado e dos juízos que hão de vir sobre o mundo.

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