terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O MURO DAS LAMENTAÇÕES

 (15/12/15)
O MURO DAS LAMENTAÇÕES. Todos nós já vimos, através da televisão, judeus meneando a cabeça, com o Kipá (solidéu), que tem o significado de submissão ao Eterno, orando e fazendo petições diante de um enorme muro conhecido como “Muro das Lamentações”.
É o lugar mais sagrado e venerado pelo povo judeu por tratar-se do elo direto de ligação com sua história, seu passado, e a adoração do verdadeiro Deus no lugar então designado por Ele que era o Santo Templo construído por Salomão. Naquela ocasião, diante do altar, em frente de toda a Congregação, ele orou:
“Ó Jeová Deus de Israel, não há Deus como Tu, em cima nos céus nem embaixo na terra”; e prossegue dizendo sobre a beneficência para com os que andam com todo o coração diante de Deus; lembrando a aliança com seu pai Davi, e suplica em tom profético que Deus ouça a oração do Seu povo toda vez que orar voltado para Jerusalém e o santo templo (I Rs 8).
Daniel guardava em seu coração esse momento solene de aliança com Deus, feita por seu povo, e quando cativo na Babilônia não deixava de orar três vezes ao dia com a janela aberta para a cidade de Jerusalém. Nem mesmo quando isso representava um sério risco ele deixou de orar. O rei Dario havia assinado uma lei que proibia fazer petição a qualquer outro deus, senão a ele; mas Daniel fez pouco caso dessa lei, e continuou orando ao Supremo Deus conforme era pactuado que fizesse; voltado para Jerusalém.
O Muro das Lamentações é, portanto, o único vestígio do antigo Templo de Herodes; na verdade construído por Salomão, mas reconstruído por Herodes, e destruído pelo general romano Tito no ano 70 de EC, conforme a profecia de Jesus em Mateus 24. O lugar é conhecido como o monte Moriá onde Abraão ofereceu Isaque em holocausto, que não se consumou porque o “cordeiro” morreu em seu lugar.
Os romanos conservaram o muro para humilhar Israel e seu Deus, que “nada pode fazer”; mas Deus sempre ajustando a Sua graça aos eventos na corrente do tempo, fez com que o Muro fosse conservado, uma parcela do templo, como emblema da união e seu eterno propósito em manter a identidade de Israel; que politicamente já foi restaurado depois 1878 anos sem pátria.
Para confrontar e humilhar o Deus de Israel, os homens fizeram de Roma e Meca cidades sagradas e agora o papa Francisco abriu a “porta da misericórdia” em Roma para receber milhares de peregrinos a fim de serem perdoados de seus pecados, numa imitação do ano de jubileu Judaico. E muçulmanos, de onde estão oram voltados para Meca, e a visitam pelo menos uma vez no ano.
Entre os anos de 1948/1967 os judeus não tiveram acesso ao Muro; mas depois da Guerra dos seis dias o local converteu-se em lugar de júbilo nacional. Ainda na cegueira espiritual Israel não entendeu que Deus não estava dormindo, pois não dorme nem tosqueneja, mas as escolhas erradas que Israel fez é que o levou à humilhação.
Muitos judeus vão ao muro fazer petições sobre casamento, prosperidade material e vingança dos inimigos, e nisto muitos cristãos não são diferentes. Ainda não entenderam que na Nova Aliança, que inclui os gentios “Deus não habita em templos feitos por mãos humanas” (At 17:24). Mas o Muro permanece como testemunho dos séculos, e aponta para o milênio quando Deus, através do Rei Ungido, Jesus, reedificará o tabernáculo de Davi, que está caído (At 15:16).

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