(15/12/15)
O MACHADO que caiu na água! (II Rs 6). Os filhos dos profetas disseram a Eliseu que o lugar em que habitavam era estreito e queriam alargar as suas tendas, sugeriram então, que fossem até o Jordão buscar algumas vigas para construir uma “casa de profetas” mais espaçosa, que pudesse abrigar um maior número, com conforto, lugar de descanso, fraternidade e de refúgio.Podemos imaginar Eliseu e alguns juvenis sentados sobre os calcanhares, conforme o costume oriental, recebendo treinamento. Embora fosse uma “escola de profetas”, a finalidade não era formar profetas, ou ensiná-los a profetizar, pois a profecia é um dom divino, e só o Senhor que conhece os corações pode ensinar seus sevos profetizar. Simão, o mágico, tentou comprar o dom com dinheiro, mas foi duramente repreendido (At 8:18,19).
O objetivo dessas “escolas de profetas” era transmitir aos jovens hebreus os valores morais e espirituais de Deus. A educação religiosa, fundamentada na transmissão oral e na porção escrita da Palavra de Deus, que possuíam, gozava de destaque entre o povo hebreu.
Hoje vivemos os dois extremos: Os seminários conhecidos como “casa de profetas”, antigamente não formava ministros, apenas passava as instruções e o conhecimento da Palavra de Deus, mas a chamada para o ministério tinha que vir de Deus, o único que pode capacitar. Hoje, um diploma em teologia basta. Mas Deus não chama os capacitados, Ele capacita os chamados. Do outro lado temos toda uma geração de jovens criada sem nenhum conhecimento; e “profetas” sem nenhum treinamento, cheio de vaticínios sem nenhum fundamento; totalmente desprepararados.
Mas aconteceu que os profetas, e seus alunos, diferente de muitos hoje, eram pobres e para o desafio de restauração e ampliação da casa dos discípulos dos profetas, tiveram que emprestar um machado; mas na primeira tentativa o ferro do machado se solta e cai na água. Há meu senhor! Era emprestado!
Pronto, lá se foram sonhos e projetos, acrescente-se a dívida do machado emprestado, além da vergonha pela inabilidade no manuseio. Mas Eliseu estava ali e com ele o poder de Deus, e então lança um pedaço de lenha na água e o machado flutua. Claro, um milagre e uma aprovação ao ministério de Eliseu.
O episódio serve bem para ilustrar os dons que Deus dá a todos os seus filhos na edificação do Reino de Deus, representado na “casa dos profetas”. Os dons, de certa maneira, são emprestados, pois independe da capacidade humana. Deus nos concede para o serviço na sua obra; mas o descuido, imprudência, negligência, faz com que “vá por água abaixo” como costumamos dizer, e às vezes ficam tentando com o que restou: apenas um cabo que pode ser achado em qualquer lugar, mas não o machado forjado pelo fogo.
Podemos incluir nessa obra de restauração e construção; vidas em conflito, crentes em pecado, casais vivendo um verdadeiro drama, filhos sem rumo por causa de um lar destruído; igrejas cujos obreiros há muito o “machado foi por água abaixo” e ficaram só com o cabo de lenha achado em qualquer lugar; mas os dons de Deus se foram.
O melhor, e a coisa certa que o crente faz quando chega nessa lamentável situação é clamar de todo o coração e alma: “Ai meu Senhor, pois era emprestado!”. Mesmo porque, iremos prestar contas a Deus que nos emprestou dons e talentos. Mostre onde “caiu”, onde você caiu, e o “Eliseu Maior” [Jesus], fará o milagre da restauração de coisas perdidas; e nada será interrompido em sua vida. O “machado” irá flutuar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário