(18/10/15)
CURIOSIDADES sobre a Bíblia. “Vende-se um exemplar da Bíblia do melado”. Este anúncio foi publicado no Times de Londres no ano de 1964. Claro que tal anúncio suscitou comentários e mereceu programa de televisão. Mas a “Bíblia do Melado foi a primeira Bíblia completa impressa em inglês e traduzida por Coverdale, em 1535, e esse nome foi dado a tradução porque no livro de Jeremias o tradutor escreveu: “Não há mais melado em Gileade”, em vez da expressão que nos é familiar: “Não há mais bálsamo em Gileade?” (Jr 8:22).
Existem outras 50 edições de Bíblias inglesas peculiares. A Bíblia do percevejo tomou este nome porque o salmo 91:5 foi traduzido assim: “Não temerás percevejos a noite”, quando o correto é: “Não temerás espanto noturno”.
A Bíblia dos “assassinos” deve-se a um erro de tradução de Marcos 7:27 onde é dito: “deixe primeiro que se fartem os filhos’; ele traduziu: “deixa primeiro que matem os filhos”; dai deu origem ao termo “Bíblia dos assassinos”. A “Bíblia dos calções” tomou essa designação porque o tradutor, ao traduzir Gênesis 3:7, disse que Adão e Eva percebendo que estavam nus cozeram folhas de figueiras e fizeram “calções para si”; em lugar de “aventais ou cinta” como reza o texto, uma espécie de faixa que cobria parte do corpo.
Existe ainda a chamada Bíblia “Ouvido por ouvido”, porque o tradutor em Marcos 4:9 disse: “quem tem ouvido para ouvido”, quando o correto é: “Quem tem ouvido para ouvir”. [Pessoas que escutam, mas não dão ouvidos]
Em uma edição da Bíblia, Mateus 5:9, “Bem-aventurado os pacificadores”, foi traduzido “Bem-aventurados os fazedores de lugares”. Traduzindo a parábola da vinha (Is 5:1-7), alguém escreveu: “parábola do vinagre”; ficou então conhecida como a “Bíblia do Vinagre”. Outro caso interessante é a “Bíblia do pecado”. Aconteceu que ao traduzir as palavras de Jesus “não peques mais”, escreveu: “peque ainda mais”.
Uma tradução que muitos “valentões” iriam gostar é a “Bíblia dos espancadores de esposas”. Ela tem na margem a seguinte nota: “Se uma esposa não for obediente ao seu esposo, deve ser espancada pelo temor de Deus”. Esta nota escrita à margem da Bíblia por Tyndale, deve se referir a algumas passagens como Colossenses 3:18.
E quem pagou uma multa de 300 libras esterlinas foi certo impressor condenado pelo rei Carlos I, da Inglaterra, porque ao imprimir o sétimo mandamento, caiu da composição a palavra ‘não’, e ai ficou: “Adulterarás”. O pobre homem não teve culpa, foi um erro involuntário.
Estas são Bíblias que não foram usadas, não circularam, por isso estão em museus na Inglaterra e Estados Unidos da América à disposição de estudiosos. Quem conhece ou tem informações sobre as línguas originais da Bíblia [grego/hebraico/aramaico], sabe da dificuldade em se traduzir destas línguas originais, pois as vezes uma mesma palavra comporta mais de uma tradução, então cabe recorrer a vários recursos para entender o sentido exato do texto.
Traduzir a Bíblia não tem sido uma tarefa fácil. Com que dificuldade e parcos recursos estes homens tementes a Deus estiveram empenhados em traduzir a Bíblia de maneira fidedigna. João Ferreira de Almeida começou sua tradução aos 16 anos em 1644. E algum texto de difícil compreensão, pode ser entendido a luz de seu contexto breve ou longo.
Alguns perderam a própria vida nessa tarefa arriscada! Mas levaram avante o projeto de tornar a Palavra do Senhor conhecida aos homens de todas as nações, conforme predissera Isaías: “Seca-se a erva e cai a sua flor, mas a Palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40:8).
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