segunda-feira, 26 de outubro de 2015

TU,POIS,QUE ENSINAS A OUTRO, NÃO ENSINAS A TI MESMO?

                                                                                                                                                                    Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? (Romanos 2:21 - 
Creio que um grande problema dos nossos dias, do qual até eu me considero vítima, é o de determos muito tempo para dizer como que deve ser uma ou outra coisa, não sobrando tempo para vivermos o que dizemos ser o certo.
Podemos falar sobre a oração correta e a errada, mas podemos só ficar falando, deixando pra lá a prática da oração. Podemos falar sobre a superioridade harmônica e melódica dos hinos antigos frente a muita coisa de gosto duvidoso dos nossos dias, mas podemos deixar de louvar a Deus com eles em todo o tempo.
Podemos inclusive dizer que o louvor a Deus está além da música, mas podemos não viver este louvor.
Nós que dizemos que certas terminologias que são usadas no meio cristão estão erradas, temos tentado ter um falar santo, no que diz respeito a maledicências e palavrões?
Nós que dizemos que fomos milagrosamente regenerados por Deus, em vez de simplesmente convencidos por técnicas de persuasão humana, temos vivido em novidade de vida?
O texto que eu citei anteriormente era de judeus que confiavam na circuncisão e na observância das leis. Lá é dito que eles sabiam qual é a vontade de Deus, aprovavam as coisas excelentes, sendo instruído por lei. Também é dito que eles confiavam ser guias de cegos, luz do que estão em trevas, instruidor dos néscios, mestres de crianças e que tinham a forma da ciência e da verdade na lei.
Tendo eu nascido gentio, porém tão filho de Adão quanto um judeu, nasci não tendo capacidade de, por mim mesmo, viver de uma maneira que agradasse a Deus assim como qualquer judeu. Mas, como sua misericórdia e seu amor desde sempre se mostraram grandes para comigo, em um belo dia fui regenerado através do Espírito e da Palavra.
Desde então ocorreu uma cirurgia espiritual na qual uma nova natureza foi implantada em mim. Daí pra frente eu também tenho me considerado alguém que aprova as coisas excelentes e que tenho conhecido a santa vontade de Deus pra mim.
Mas nem mesmo o fato disso tudo ter acontecido em minha vida me isenta de, de vez em quando, me encontrar nessa mesma lista de repreensão de Paulo. E, que bom que eu posso ser repreendido!
Gosto quando Davi diz ser uma ovelha consolada pelo Senhor através da sua vara e de seu cajado. Alguns dizem que isso é a prova de que o Bom Pastor não agride as ovelhas; eu já diria que esta é a prova de que ovelha de verdade não acha ruim ser repreendida, muito pelo contrário...
Acho que o grande problema está em se gastar por quem não vai entender o recado. Para muitos a oração acaba sendo a única coisa que podemos fazer. Já para outras vale, além da oração e muito mais do que os discursos, o próprio exemplo da nossa parte.
Então o segredo é ensinarmo-nos a nós mesmo antes de seguir na prática do ensino. Primeiro viver para depois falar. Buscar o prazer que se tem na vida de oração, de meditação da palavra e da busca constante por separar-se do mundo.
Veja o que aconteceu depois do sermão da montanha:                                                                 E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas. (Mateus 7:28-29 - 
O que deixou a multidão admirada, muito mais que o teor em si, foi o fato do próprio Jesus viver aquilo que ele pregava, ao contrário dos escribas. Aliás, ele tanto pregava o que vivia quanto vivia o que pregava. 
Que Deus também nos conceda a graça de pregarmos o que vivemos e de vivermos o que pregamos: TEXTO: IRMÃO JOÃOZINHO

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