(22/10/15)
EU ALEGREI-ME quando me disseram: Vamos à Casa de Jeová (Sl 122:1). Hoje se tornou quase um sacrilégio o convite feito ao salmista em relação às reuniões congregacionais num templo. Logo vem o discurso de que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas e; de fato, esta é uma grande verdade, pois que casa caberia o Criador, cujo Céu é o seu trono e a terra o estrado dos seus pés? (At 7:48; 17:24).
Concordo que existe uma verdadeira “templolatria”; como se Deus estivesse preso dentro de um templo e só falasse naquele lugar. Para muitos vale a pregação, não o texto da Escritura. Buscar a “Palavra” é buscar uma pregação, de preferência aquelas que só prometem e nunca comprometem.
Mas o templo, ou local de reunião, seja um salão, uma palhoça ou um barco, continua sendo um “lugar santo”; não no sentido que a cristandade dá à palavra; que o lugar em si transmita alguma bênção. “Santo templo, santo batismo, santo isso e aquilo, não é da terminologia evangélica”. A própria Ceia, embora santa, é chamada apenas de Ceia do Senhor. Santo na Bíblia tem o sentido de separado para Deus; é neste sentido que os locais de reuniões são santos.
Também Já me aconteceu de sair mais triste do que entrei, por ouvir coisas que não deveriam ser ditas em lugar algum; mas isso aconteceu também com Jesus em sua congregação, por isso Ele disse: “Na cadeira de Moisés [no ensino] estão assentados os escribas e os fariseus, fazei tudo que eles vos disseram, mas não os imiteis, porque dizem e não praticam” (Mt 23). Ensinavam sobre amor e pureza; mas não passavam de sepulcros caiados.
Contudo, Jesus tinha o santo costume e não perdia a oportunidade de congregar. Estando em Nazaré, cidade onde fora criado, e sendo sábado e dia de reunião, Ele foi rever seus irmãos e levantou-se para ler no Livro do profeta Isaías que dizia a respeito d’Ele: “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque Jeová me ungiu para pregar boas novas aos mansos, a restaurar os contritos de coração, liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor, o dia de vingança, e a consolar todos os tristes (Is 61:1, 2; Lc 4:18).
Ainda ontem li uma frase interessante: “O culto não pode se relegado a um mero encontro social. Ao contrário disso, é um momento indescritível em que o individuo tem um tríplice encontro: Consigo mesmo, com o seu semelhante e com o Deus Todo-Poderoso.
A Bíblia fala de dois homens que subiram ao templo para orar. Um deles não teve nenhum desses três encontros. Justificando-se perante Deus como um “fiel em tudo”; não conseguiu enxergar a miserabilidade do homem, que depende inteiramente da graça de Deus; perdeu o encontro consigo mesmo. Perdeu o encontro com o seu semelhante por se julgar superior ao que orava próximo de si. Perdeu o encontro com o próprio Deus.
Mas o outro, orando dizia: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Encontrou-se consigo mesmo, vendo que era um pecador necessitado da graça de Deus. Com seu semelhante por ser igual. Encontrou-se com Deus; que “resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4:6)
Milhões ao redor da terra estão jubilosos com o convite: Vamos a Casa de Jeová! Eu sempre aprendendo com os irmãos, pois a fé vem pelo ouvir da Palavra de Deus (Rm 10:17).
Nenhum comentário:
Postar um comentário