(22/10/15)
SOMOS JOIAS preciosas! Já por muitos anos nossas crianças e jovens vêm cantando este belo hino de George Frederick Root que no ano de 1844 já dirigia um quarteto vocal numa igreja em Nova York. Cantamos que somos joias preciosas do tesouro do Senhor, mas nos esquecemos de que um mineral para ser transformado em pedra preciosa há todo um processo, e às vezes doloroso.
Não quero dizer com isso que precisamos sofrer para ser salvos, isto anularia o sacrifício todo suficiente e insubstituível de Cristo. Nós somos salvos e selados com Espírito Santo quando cremos em Seu Filho e aceitamos o evangelho da salvação (Ef 1:13, 14); mas somos uma pedra bruta que precisa ser lapidada para poder brilhar.
O carvão quão insignificante pode parecer, contudo, quando está enterrado a uma profundidade muito grande e estando sob intensa pressão e calor, com o tempo pode ser transformado; ganha em transparência e brilho e se transforma em diamante. Nós seres humanos temos o mesmo apelo e processo de transformação.
Deixados ao tempo e sob a pressão dos desafios, veremos a nossa natureza se transformar e nossa personalidade amadurecer. Estes desafios podem ser as provações comuns da vida; e quando mostramos paciência e resignação; então amadurecemos por entender como Paulo que a tribulação produz a paciência; a paciência a experiência, e a experiência a esperança; e esta não traz confusão (Rm 5:3-5).
Perseguições e hostilidades por causa de atitudes que tomamos em relação à fé, também são desafios que nos levam ao amadurecimento espiritual; neste caso, Jesus disse que somos bem-aventurados quando perseguidos por causa do seu nome. É motivo para jubilo (Mt 5:10-12).
Podemos sofrer ainda o processo, às vezes doloroso, a fim de nos ajustarmos à vontade de Deus e as suas disciplinas. O livrinho comido por João, em Patmos, na boca era doce como mel, mas o ventre ficou amargo (Ap 10:10). Quando ouvimos as boas novas elas são agradáveis, mas quando começamos a digerir as verdades vindas de Deus, percebemos que são amargosas, pois trazem consigo a necessidade em mudar nosso modo de vida, e entendemos que a vida cristã, embora abundante, exige renúncias no dia a dia e que cada discípulo deve tomar a sua “cruz” .
É neste processo de transformação que alguns crentes abandonam a fé, ou vivem uma vida medíocre de reclamações, insatisfação, dúvidas e incertezas, não percebendo em que precioso diamante Deus quer transformá-los.
Não precisamos temer quanto ao futuro. Quando recebemos a Jesus e confiamos em sua obra de redenção; então cremos que Ele riscou a cédula que era contra nós (Cl 2:14). Pela fé em Cristo somos declarados justos, e nenhuma condenação nos aguarda (Rm 5:1; 8:1). Qualquer pessoa inteligente entende que sendo declarados justos, e não havendo condenação, evidentemente não haverá julgamentos quanto à salvação.
Mas a Bíblia fala que compareceremos ante o Tribunal de Cristo (II Co 5:10). Este tribunal é diferente do Juízo do Trono branco em que os nãos salvos comparecerão após o milênio (Ap 20:11-15). No Tribunal de Cristo seremos julgados quanto ao nosso serviço cristão e os respectivos galardões; e entendemos melhor este julgamento quando contextualizamos com I Coríntios 3:10-15; onde é explicado que o crente pode ser reprovado, perder recompensas, mas continua salvo.
Mas certamente que todos nós queremos ser aprovados por Deus, não em busca de recompensas, porque somos “escravos” do Rei Jesus, e ao servo compete servir sem esperar recompensas; mas que alegria ouvir. “foste fiel no pouco sobre o muito te colocarei”
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