quinta-feira, 22 de outubro de 2015

EIS QUE BATO A PORTA:

(22/10/15)
“EIS QUE estou a porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3:20). Que convite amoroso! Mensagem originalmente dirigida a Congregação Cristã na cidade de Laodiceia, na Ásia Menor. Cidade que ficava cerca de 145 quilômetros distante de Éfeso, e que se tornara muito rica sob o governo romano.
O fato desta igreja existente na época de João estar relacionada a outras seis igrejas dentre as centenas que já existiam (caps. 2 e 3), mostra claramente que elas representam igrejas em qualquer época e, num estudo mais detalhado, percebemos que a História da Igreja está representada nestas sete igrejas ao longo de dois mil anos de cristianismo.
Ninguém tem dúvida de que a cristandade, como um todo, nestes dois últimos séculos, profeticamente falando se parece muito com a igreja de Laodicéia: Se acha rica, de nada tem falta; com seus suntuosos templos, com numero de fieis tão grande que nem dá para notar, e pouco importa se alguém ficar pelo caminho; no entanto, como Laodicéia ela é morna em seu testemunho; morna no amor.
Não é fria nem quente, é um cristianismo de aparências, e isto, como água morna causa náuseas ao Senhor; não estou falando de nossa igreja local, nem de nossa denominação ou outra qualquer; este exame cabe a cada um fazer de sua comunidade local, pois a Igreja de Cristo é constituída de pessoas salvas e regeneradas, que se reúnem para adorar a Deus, e não uma Instituição, placas ou um sistema doutrinal.
Neste final da Dispensação da Graça e da vinda de Cristo, a cristandade é exatamente o quadro profético representado em Laodicéia. Mas Cristo bate a porta da cristandade com tão terno amor!
Mas deixando a visão profética, o texto “eis que estou a porta e bato” tem sido apropriadamente usado para fazer um apelo ao coração humano. Pensando nisto, e meditando nesse texto; certo pintor havia pintado um lindo quadro onde aparece a figura de um homem [sugerindo ser Jesus] batendo a porta de uma casa; e, no dia de apresenta-lo ao público, compareceram autoridades locais, fotógrafos, jornalistas e muita gente que já conhecia a fama do artista.
Chegado o momento tirou-se o pano que cobria o quadro, e depois dos calorosos aplausos e alguns elogios, um observador curioso achou uma falha no quadro: A porta não tinha fechadura!
Como se fará para abri-la? É assim mesmo respondeu o pintor; esta é a porta do coração humano, só se abre por dentro. Cristo só entra se convidado.
Ele não força, o apelo baseado em ameaças ou medo, não provêm de Jesus; isso só produz religiosos medrosos, mas não filhos amados de Deus; contudo, podemos entender, e Deus muito mais, a dificuldade de alguns em “abrir a porta do coração”.
Isto pode acontecer devido ensinos errados acumulados, vidas promiscuas, mentes cauterizadas, pecados ocultos, falta de confissão e arrependimento, dificuldade em perdoar. A pessoa às vezes deseja abrir a porta, mas não consegue; e assim, não chega a uma conversão real. O incrédulo não se converte; o crente perde a bênção de cear com o Senhor.
São trincos ou maçanetas enferrujados, mas Deus vendo o coração desejoso em “abrir a porta” para receber Sua Palavra e suas bênçãos, em seu grande amor insiste e ajuda para que encontre forças em abri-la, e Ele possa entrar e cear ainda hoje. Deus tem o óleo do Espirito para “maçanetas e trincos enferrujados”.

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