quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O CORAÇÃO...

 (22/10/15)
O NOSSO CORAÇÃO. Mencionado na Bíblia cerca de mil vezes, na maioria delas de modo figurativo por representar a parte central em geral e o interior do homem. O coração, apresentado de modo figurativo, representa as emoções, paixões, desejos, objetivos, pensamentos e conhecimento.
O coração pode, assim, representar o homem interior por ser o importante órgão do corpo cuja função principal é bombear o sangue para nutrir as células do organismo; neste sentido figurativo o coração é a alma do homem, conforme escreveu Moisés inspirado por Deus: “O sangue é a alma de toda carne” (Lv 17:11-14). Em razão disso, na primeira Assembleia Geral da Congregação Cristã em Jerusalém este preceito da lei de Moisés foi recomendado aos cristãos: “Abster-se de sangue” (At 15:29).
É neste sentido que a Bíblia diz que “Deus examina os corações” (Pv 17:3); e aconselha: “Sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Pv 4:23). Isto quer dizer aos cristãos, especialmente às mulheres, mais do que a aparência exterior, o adorno, a vestimenta; deve-se dar atenção “a pessoa secreta do coração, na vestimenta incorruptível dum espírito quieto e brando, que é de grande valor aos olhos de Deus” (I Pe 3:3, 4). Isto irá refletir e influenciar todas as áreas da vida.
Por isso costumamos dizer que uma pessoa é de coração bom ou mau, vaidosa, orgulhosa ou humilde. Jesus disse de si mesmo: “Sou manso e humilde de coração” (Mt 11:29). Explicando com isto, que o pior dos pecadores pode se achegar a Ele sem medo e abrir o seu coração; pois o temor de Deus é o temor reverente e não o “temor do medo”.
Nosso coração pode estar ansioso, traspassado de aflição, derreter-se de medo, e pode também ser enganoso. No caso do medo e aflições, por ameaças ou problemas que surgem e de difícil solução; ou por ter sido enlaçado por algum pecado mais grave, através da experiência vivida pelo rei Davi; ficamos sabendo que “Deus não despreza um coração quebrantado e contrito” (Sl 51:17). Não há nada a temer se nos achegarmos a Deus de coração quebrantado.
Mas a palavra de Deus nos diz também que “enganoso e o coração, mais do que todas as coisas, e perverso: quem o conhecerá?” (Jr 17:9). Podemos ser complacentes demais com nosso coração e pensar que tudo vai bem, que Deus não se importa com nosso modo de vida, que se estamos nos sentindo bem é isso que importa; aliás, uma das linhas da psicologia moderna é que a pessoa estando bem, então nenhuma mudança precisa ser feita.
Por outro lado, podemos ser severos demais, talvez influenciados por um ensino errado, e nos condenarmos a nós mesmos sem misericórdia; entrando em depressão, sem esperança, até confundindo esse estado de comiseração com humildade. Foi neste sentido que o apóstolo João escreveu: “Se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que os nossos corações” (I Jo 3:20).
Juízes implacáveis costumam ler apenas esta parte do texto que, à primeira vista, parece que Deus é maior que o nosso coração para nos condenar; contudo, lendo o restante do texto ele diz: “que Deus conhece todas as coisas”. Ele é maior que o nosso coração não para nos condenar, pois nos ama, mas é maior para entender nossa miserabilidade. Quando nos sentirmos afligidos, ou sob o peso de condenação, devemos “rasgar o nosso coração diante de Deus” (Joel 2:3); e deixar que Ele esquadrinhe e aplique o remédio

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