O DOM de línguas. Muitos crentes devido um ensino falho, baseado em tradição e não na palavra da Escritura, ainda acreditam que a pessoa só recebe o Espírito Santo quando fala em línguas estranhas.
Primeiro é preciso entender que toda a Escritura Hebraica (VT) foi inspiração do Espírito Santo. Pedro, falando do VT, pois o NT ainda não havia sido escrito, disse: Homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo (II Pe 1:21); Paulo referindo-se as mesmas Escrituras, disse que toda ela foi obra do Espírito Santo (II Tm 3:16). Os servos de Deus do passado foram cheios do Espírito Santo.Na verdade o crente recebe o Espírito Santo como selo do Espírito, quando ele crê em Jesus e aceita a Palavra da verdade o evangelho da salvação: Tendo n’Ele crido fostes selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor (Ef 1:13, 14) [garantia da salvação a ser consumada na vinda de Jesus].
Quando Deus abriu a porta da graça aos gentios Ele concedeu dons aos homens de maneira audível e visível em cumprimento a uma antiga profecia de Joel; e dentre esses dons Deus conferiu aos apóstolos o dom da cura e obras poderosas, inclusive o poder de ressuscitar mortos e expulsar demônios e até mesmo fazer com que opositores fossem feridos de cegueira temporariamente (At 9:40, 42; 13:8-12; 19:11, 12, 20).Mas o dom de línguas, objeto de nossa meditação hoje, foi concedido aos crentes pela primeira vez no dia de Pentecostes do ano 33 de Era Cristã, quando estavam reunidos aproximadamente 120 discípulos, e de repente, como um som de um vento impetuoso, apareceram distribuídas línguas como que de fogo, e eles foram habilitados a falar línguas humanas desconhecidas dos que falavam, mas compreensíveis aos que as escutavam.Estes discípulos falaram na língua nativa dos judeus e dos prosélitos (convertidos ao judaísmo) que haviam chegado a Jerusalém de lugares distantes para as festividades do pentecostes, uma das três grandes festas celebradas anualmente. Deus estava mostrando aos judeus, com esse derramamento do Espírito Santo, o cumprimento da profecia de Joel feita séculos antes de que agora Deus declarava uma Nova Aliança ou Pacto com uma nova Congregação de Israelitas espirituais formada de judeus e gentios sob o pastoreio de Cristo.Na verdade esse dom era um sinal para os incrédulos, particularmente para que os judeus entendessem; e, naquele dia, quase três mil judeus e prosélitos entenderam e foram batizados em águas declarando a sua fé em Jesus e se tornando parte do Novo Pacto. Mais tarde Deus derramou o Espírito Santo com evidência de novas línguas na casa do gentio Cornélio, novamente para que os judeus entendessem que os gentios agora entravam para o favor de Deus.Contudo, Paulo orientou a Congregação de Corinto que quando se reunissem, nem todos falassem em línguas, visto que isto levaria incrédulos e estranhos a pensar que estavam loucos. Recomendou ainda que o falar em línguas fosse limitado a dois ou no máximo três, cada um por sua vez, e que houvesse intérprete (I Co 14:27).Paulo disse que ele mesmo preferia falar cinco palavras em sua própria língua que 10.000 palavras em língua estranha (I Co 14:19); não proibiu o crente falar em línguas “NA” igreja, desde que consigo mesmo e com Deus; mas recomendou que quando falar em línguas “À” Igreja deve interpreta-las, pois não havendo tradução não haveria edificação (I Co 14:22-33).E conclui dizendo: Procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas (v 39)
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