sábado, 10 de outubro de 2015

SE CONFESSARMOS:


SE CONFESSARMOS os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça (I Jo 1:9). Demorei algum tempo para entender a grandiosidade deste texto de João, o apóstolo do amor.
Nós temos a confissão pública que é feita quando recebemos a Jesus como nosso Salvador; na verdade, primeiro ela deve acontecer entre o crente e Jesus, numa decisão pessoal; depois, simbolizar esta confissão publicamente através do batismo nas águas, tendo uma congregação, pessoas, ou apenas o batizador como testemunha; então descansamos na promessa de Jesus:
“Qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10:32). Paulo escreveu: “Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz a confissão para a salvação” (Rm 10:10).
O batismo em si não tem poder salvífico; caso batismo salvasse levaríamos todos os parentes e amigos a serem batizados, 
também batizaríamos os bebês. O batismo sempre deve acontecer depois da conversão e aceitação de Cristo; conforme o 5º artigo de nossa Confissão de fé: “Nós cremos que o novo nascimento e a regeneração só se recebem pela fé em Jesus Cristo, que pelos nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação”.
Quando confessamos a Jesus, ele nos justifica perante Deus (Rm 5:1); ficamos livres de qualquer condenação (Rm 8:1); e como garantia desta salvação a ser consumada na vinda de Cristo, somos selados com o Espírito Santo da promessa (nada a ver com o falar línguas); mas o selo dado como penhor (garantia) de que pertencemos a Deus (Ef 1:13, 14).
Por isso, a figura do batismo não está associada ao novo nascimento, que só se recebe pela fé em Jesus; mas está relacionado à morte e sepultamento do velho homem e ressurreição de uma nova criatura (Col 2:12). “Como verdadeira figura, gora vos salva, batismo, não da IMUNDÍCIE da carne, mas de uma boa consciência para com Deus” (I Pe 3:21). Antes do batismo, Jesus assegurou aos seus: “Vós já estais limpos pela Palavra” (Jo 15:3).
Nesta confissão não reconhecemos pecados específicos, mas reconhecemos a culpa com a qual já nascemos sob condenação: “Todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus” (Rm 3:23); pelo processo de adoção passamos a condição de filhos de Deus (Jo 1:12).
Como filhos de Deus, continuamos cometendo pecados: “Se dissermos que não cometemos pecados somos mentirosos e fazemos a Deus mentiroso” (I Jo 1:8-10) Mas o pecado não pode ser uma prática na vida do crente, um hábito: “Estas coisas vos escrevo para que não pequeis; mas se alguém pecar temos um defensor junto ao Pai” (I Jo 2:1,2). Agora confessamos pecados específicos, como filhos de Deus e não pecadores perdidos; temos conhecimento do certo e do errado.
João fala de “fidelidade e justiça” da parte de Deus; seria o caso de alguém tendo uma dívida, e não tendo como resgata-la, ao saber que alguém fez um depósito a seu favor, e comunicando ao credor acerca desse depósito, ele não seria fiel e justo se ignorasse o depósito.
Ele [Jesus] é a propiciação pelos nossos pecados (I Jo 2:2). A propiciação é um ato realizado de modo a satisfazer a santidade e a justiça de Deus e, como resultado, o perdão do pecado e a restauração do que peca à comunhão. Quando o crente, arrependido, humildemente confessa o seu pecado confiando na mediação de Cristo; Deus é fiel e justo em justifica-lo.

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