OS REFUGIADOS! Nunca se ouviu falar tanto, e em tantos refugiados. De guerras, conflitos, sistemas políticos e religiosos opressores; fugindo da fome e da miséria; como temos visto em nossos dias; tirando a nossa alegria diante de tão triste realidade; afinal, são nossos irmãos, da mesma família humana.
Em junho de 2009, quando o quadro era bem menos dramático, a organização humanitária MSF (médicos sem fronteiras) já apresentava número e situações de estarrecer a respeito das condições de saúde de refugiados da África: 90.000 em 2011, 450.000 logo depois, e assim se multiplicavam assustadoramente. Vítimas de violência sexual, más condições de vida, agressão civil e policial, xenofobia e todo tipo de miséria humana.
Hoje são milhares e milhares que chegam à Europa cada dia a procura de um cantinho para sobreviver. Coloquemo-nos no lugar deles, e imaginemos com filhos pequenos, dormindo [quando conseguem] em abrigos não planejados para multidões, e até mesmo ao relento; deixando para trás pais idosos, às vezes doentes; amigos, e toda uma história de vida a fim de sobreviver.
Nenhum outro povo sofreu tanto e esteve tanto tempo como refugiados, sem pátria, odiados por políticas ditatoriais e pela religião do mundo, como foi o povo judeu; afinal, foram 1878 anos na última diáspora, desde quando os Romanos, sob o comando do general Tito invadiu Jerusalém no ano 70 de EC e a destruiu completamente, até 1948; conforme a profecia de Jesus (Mt 24:15-27).
Numa contextualização escatológica, a profecia citada abrange outros acontecimentos futuros, como a Grande Tribulação por vir durante o governo do anticristo, que agirá sem piedade contra qualquer que não lhe preste adoração; mas é assunto para outro momento; estamos falando de refugiados, e lembrando o episódio, porque o povo da Bíblia, como nenhum outro; deve ser misericordioso para com todo e qualquer refugiado, independente do motivo.
Nos primórdios de nossa história cristã, um casal de refugiados, com um filho pequeno, teve que tomar a decisão sem demora de fugir, pois a segurança da família estava em perigo. Era um casal temente a Deus, por isso um anjo de Jeová apareceu em sonhos ao pai de família e avisou do genocídio planejado pelo cruel ditador do país [que de fato aconteceu].
Já devem ter notado que falo de uma família de judeus comuns, ele carpinteiro, de nome “Josifias” (José); ela uma dona de casa, “Miriã” (Maria), e o menino “Yeshúa” (Jesus); e não estavam cuidando de uma criança qualquer, mas do menino Filho Unigênito de Deus, vindo com uma missão intransferível e inadiável, mesmos assim, com Jesus bem presente, tiveram que orar e empreender a fuga, saindo na calada da noite viajando 160 quilômetros até o Egito onde Deus indicara; em cuja nação seus antepassados haviam sido escravos; cumprindo-se também uma antiga profecia de Oséias (11:1).
Louve-se ao Egito, que embora tivesse oprimido o povo de Deus, e isto veio do próprio Deus que queria ver o seu povo clamar por libertação, o que aconteceu e Deus levantou o libertador Moisés; mas a verdade é que o Egito era um país de acolhimento, e tinha por tradição aceitar refugiados, políticos e econômicos. Muitos séculos antes, os antepassados de Jesus se refugiaram no Egito devido a fome que assolou Canaã; ficando lá 430 anos.
Por todo esse histórico, humano e divino, os cristãos devem ser hospitaleiros para com os refugiados de qualquer etnia; mesmo porque somos também “forasteiros” aguardando a vinda do Reino em sentido literal [que já está entre nós], quando então não haverá mais refugiado
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