sábado, 10 de outubro de 2015


NO DIA 31 de agosto de 1688, aos 60 anos de idade, descansava no Senhor JOHN BUNYAN, depois de passar 12 anos numa prisão na Inglaterra, e suas ultimas palavras foram: “Toma-me Senhor, porque venho a Ti”.
Antes de sua conversão tivera uma vida dissoluta; era um escravo do diabo, e além da promiscuidade sexual, tinha prazer em lançar maldições, praguejar, mentir e blasfemar do santo nome de Deus; mas quando convertido a Cristo sua vida mudou completamente. Bunyan era um Puritano, e tinha o poder de tocar o coração dos homens.
Os Puritanos eram cristãos zelosos que não se conformavam com a Reforma da Igreja da Inglaterra, que se separou de Roma não por questões Bíblicas doutrinárias; embora estas surgissem naturalmente com a separação de Roma; mas inicialmente a questão fora o divórcio do rei Henrique VIII e seu jogo de braço com o papa.
Mas Deus que é misericordioso em ajustar Sua graça a diversas situações a fim de alcançar o pecador, usou muito da Igreja da Inglaterra (Anglicana), especialmente em publicar o Sagrado Livro e distribuir às pessoas comuns do povo, e levantou grandes homens, dentre eles o Reformador João Wesley; contudo, ela não perdeu alguns vícios de Roma.
E foi justamente o fato de JOHN BUNYAN se ausentar dos cultos formais e vazios, e começar a pregar o evangelho em sua pureza, destoando do sermão e da liturgia da igreja oficial da Inglaterra, que atraiu a ira das autoridades da igreja, lançando-o na prisão.
A acusação dizia: Este operário, diabólica e perniciosamente se tem ausentado da Igreja, promovendo reuniões e ajuntamentos ilegais, que desnorteiam e perturbam os bons súditos deste reino; e lhe foi decretado três meses de prisão, ao fim dos quais, caso não voltasse para a Igreja, seria banido do reino, e se continuasse pregando seria enforcado.
Mas BUNYAN não temeu, e diante do juiz disse: “Se eu saísse hoje da prisão, pregaria amanhã com o auxílio de Deus”. Nem a prisão, nem o fato de deixar a esposa cuidando dos 4 filhos [uma filha era cega], nada disso o fraquejou, antes repetia que a paz de Deus continuava a acalentar sua alma. Mais tarde, sua esposa, embora simples e retraída, foi usada por Deus e defendeu brilhantemente seu marido e suas convicções perante a Câmara dos Lordes.
Mas a única condição para sua liberdade é que ele deixasse de pregar, ao que, ela respondeu: “Meu senhor! ele não deixará de pregar enquanto tiver voz para falar”; e com estas convicções irrevogáveis, ele ficou preso por 12 anos; mas como Paulo, sua alma esteve sempre livre.
Não pensem que os homens religiosos mudaram neste aspecto; tivessem algumas igrejas o braço armado do Estado e fariam o mesmo com outros hoje; como fizeram com Jesus e os apóstolos no seu tempo e; de certo modo, ainda hoje, lançam alguns nas “prisões” do abandono; que causa depressão espiritual.
Embora não fosse um clérigo “togado”; justamente isso que incomodava; contudo, os escritos e pregações de BUNYAN são de inestimável valor! Era um homem de oração. Eis algumas de suas frases:
“Não são os longos discursos nem a linguagem eloquente que agrada aos ouvidos do Senhor, mas um coração humilde, quebrantado e contrito”. “Na oração é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração”. “O povo de Deus é como sinos; quanto mais forte lhes baterem, melhor será o som”. JOHN BUNYAN é um nome para ser lembrado. Exemplo de fidelidade perseverança e fé.

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