AS TRÊS encantadoras parábolas de Jesus: A ovelha perdida. A dracma perdida. O filho pródigo (Lc 15). Nelas estão todas as classes de pecadores. Jesus não deixou ninguém de fora de sua chamada e projeto de salvação. Uma velha lição que precisamos relembrá-la.
A OVELHA PERDIDA representa aquela classe de pecadores que sabe que está perdida, mas não sabe o caminho de volta, é preciso ir busca-la e trazê-la ao aprisco das ovelhas. São comparadas a ovelhas porque são pessoas, dentre as nações, humildes e mansas, cônscias de sua necessidade espiritual, mas não tem conhecimento do verdadeiro Deus e Seu Filho Jesus. É preciso ir busca-las mesmo já tendo 99 seguras.
Cornélio, um capitão da corte italiana, foi uma dessas ovelhas; atribui-se a ele, e com razão, o primeiro convertido e batizado na Nova Aliança que inclui os gentios (At 10). Quando Jesus disse que havia “outras ovelhas” que não pertenciam ao aprisco Israelense e convinha agrega-las, e quando todas estas ovelhas dentre os gentios fossem agregadas já não haveria dois rebanhos (judeus e gentios), mas um só rebanho de ovelhas e um só Pastor: Jesus (Jo 10:16); tinha em mente estas pessoas das nações.
A DRACMA PERDIDA representa pecadores perdidos, mas que não tem consciência de seu estado miserável de condenação. O homem não precisa fazer nada para ser condenado; a Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus (3:23); o homem precisa fazer algo para ser salvo, que é aceitar o dom gratuito de Deus (Rm 6:23).
Assim, estas pessoas podem ser comparadas a “moeda perdida” que a dona da casa varre cada canto até encontra-la. É isto que Jesus tem feito, através dos seus mensageiros que anunciam boas novas desde o palácio até o casebre nas favelas. Ser um desses proclamadores é deveras um privilégio! Não requer grandes treinamentos, embora um bom conhecimento das Escrituras; o conhecimento secular e informações adicionais facilitem as coisas; contudo, basta um coração disposto em servir e o resto é com o próprio Senhor da Seara.
O FILHO PRÓDIGO. A mais tocante das três parábolas! E fico feliz que em minha comum congregação ela tem sido pregada até com certa frequência. Esta parábola tem fornecido belos sermões; focando sempre o tema principal: O crente que se desviou e arrependido volta à Casa Paterna. Não falo das 4 paredes. Falo da comunhão com os salvos.
Tenho visto um bom numero voltando a servir ao Senhor, e sempre que voltam, temos “bezerro cevado, danças e festa”, ficando de fora apenas o filho mais velho; enciumado, sempre perto do Pai, mas não o conheceu o bastante para saber que o amor é inesgotável. Confiança e comunhão podem ser prejudicadas por algum tempo, mas o amor jamais acaba.
Ontem e hoje, ao filho que volta; sujo por ter se envolvido em coisas degradantes, inclusive cuidando de porcos e comendo as alfarrobas destinadas a eles; o mais degradante estado de miserabilidade a um judeu que, segundo a lei, não deveria tocar em porcos; a estes, também hoje o Pai recebe e manda banhar-se, trocar de roupas para que todos entendam que tudo se fez novo.
Nenhum sermão acerca de onde esteve; nenhuma explicação é pedida, mesmo porque o Pai sabia de tudo; nenhum constrangimento; basta a humilhação e fome que passou. Manda colocar anel em seu dedo, símbolo de dignidade; sandálias nos pés [os escravos andavam descalços], para que todos saibam que ele foi recebido de volta como filho e participante das bênçãos.
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