sábado, 10 de outubro de 2015


FILHOS DE ABRAÃO! Sim, nós outrora adoradores de ídolos, de anjos, cheios de crenças espíritas pagãs, num deus que precisa de vítimas e vive colocando doenças e matando pessoas, às vezes tirando criancinhas dos braços dos pais; sim, nos tornamos filhos de Abraão, chegando ao conhecimento do Verdadeiro Deus que nos levou a entender porque acontecem coisas más.
Aprendemos que Ele permite que males continuem acontecendo, e que os justos também sofram, não porque tem prazer nisto; na verdade “Jeová não tem prazer nem na morte do ímpio, mas quer que se arrependa e viva” (Ez 33:11); mas permite para que a humanidade entenda os efeitos devastadores do pecado e se arrependam, e por meio de Jesus Cristo encontrem a vida abundante. (Jo 10:10).
Paulo, um filho natural de Abraão, reconheceu que não é a linhagem carnal que conta, mas é pelo fato de ter fé semelhante à Abraão que entramos para a sua família: “Sabei pois que os que são da fé são filhos de Abraão” (Rm 9:6-8; Gl 3:7).
Abraão era natural de Ur, na Caldéia, uma próspera metrópole, situada perto dos rios Eufrates e Tigre, onde também era o jardim do Éden, um idólatra mergulhado na adoração do deus-lua padroeiro de Sin (Js 24:2, 14, 15); mas como a fé vem pelo ouvir; a transmissão oral correta sobre Deus passada por seus antepassados, Sem e Noé, o levou a depositar fé em Deus, e isto lhe foi imputado como justiça e Abraão tornou-se amigo de Deus (Tg 2:23). Que privilégio!
Quando falamos em fé, logo vem à mente de alguns que ter fé é sair por ai “transportando montanhas”, realizando grandes milagres, cheios de muitas visões e vaticínios; contudo, a Bíblia fala de algumas cidades impenitentes, como Corazim, Betsaida e Cafarnaum, onde foram operados muitos milagres e, mesmo assim, não se converteram. Ate a pecaminosa Sodoma que quis praticar sexo com os anjos será julgada com menos rigor que estas cidades cheias de milagres, mas sem arrependimento dos pecados (Mt 11:20-24).
Esta fé às vezes é necessária, mas estamos falando da fé que é dom de Deus (Ef 2:8); esta fé nos é dada quando ouvimos a Palavra de Deus, cremos em Jesus, e inclinamos nosso coração em obedecer aos seus mandamentos; então Deus nos dá como dom.
Os três jovens hebreus, lançados na fornalha de fogo ardente tinham a fé no poder de Deus em operar milagres e livrá-los; e tinham a fé dom de Deus que nos faz permanecer fieis em tempos de adversidade, mesmo sofrendo o dano. Quando estes jovens foram lançados na fornalha de fogo ardente por ordem de Nabucodonosor, da Babilônia, onde eram cativos, e quando questionados se realmente o seu Deus os livraria, um deles expressou a fé inabalável no Deus de Israel:
Nem precisamos responder a esta pergunta, ó rei: “O Deus ao qual servimos pode nos livrar” (a fé no poder de milagres); mas em seguida manifestaram a fé que é dom de Deus: “Mas mesmo que Ele não queira nos livrar, não adoraremos aos teus deuses” (Dn 3:17, 18). É esta fé que nos mantém leais em tempos de adversidade. Nosso amor a Deus independe do que Ele faça ou opere em nosso favor e; no caso dos hebreus, Deus os livrou também da fornalha de fogo ardente.
Quando colocamos o Reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar, nos colocamos nas mãos e nos propósitos de Deus, e as coisas acontecem dentro de Sua vontade soberana.

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