Este blog tem como objetivo, transmitir a leitura e exortação da palavra de DEUS. Bém como a divulgação de outras postagens ligado a propagação do evangelho de cristo jesus,extra denominacional."A Bíblia, como revelação de Deus, não tem a intenção de nos dar todas as informações que pudéssemos desejar nem de resolver todas as questões com as quais a alma humana vive perplexa, mas a de transmitir o suficiente para ser um guia seguro para o porto do descanso eterno"
sábado, 10 de outubro de 2015
SEMPRE que acontecem dissidências, em qualquer época, a tendência tem sido condenar os dissidentes como hereges, sem examinar os motivos que os levaram à dissidência. Na história, a maior dissidência do cristianismo foi a Reforma Protestante do século 16.
Os dissidentes deixaram a Igreja Instituição por vários motivos, mas o ponto crucial era a infabilidade papal, que embora só se tornasse dogma em 1870, já era fato, pois o papa destronava reis e mandava matar a qualquer que discordasse de Roma. Outras questões como o sacerdócio universal de todos os crentes, e a salvação pela fé como dom gratuito, fazia parte da pauta dos dissidentes. Neste caso, quem foram os rebeldes? Os que saíram, ou os que ficaram?
Quando Luiz Franciscon [fundador de nossa Denominação e de outras nas Américas] provocou uma dissidência na Igreja Presbiteriana de Chicago EUA, a pauta era apenas a questão do batismo por imersão, pois eram batizados apenas por aspersão; e então, entenderam que deveriam sair. Mais tarde, outras questões como o batismo com o Espírito Santo, vieram reforçar a dissidência. Quem foi rebelde? O dissidente Franciscon, ou os Presbiterianos?
Mas falando em nível nacional, praticamente todas as denominações amargaram dissidências; elas de fato, provocam um tremendo mal estar porque às vezes vem acompanhada de contendas, razões e visões humanas; de quem sai e de quem fica.
No ano de 1903 a Igreja Presbiteriana do Brasil enfrentou sua primeira dissidência, dando origem a Presbiteriana Independente. A questão principal era a maçonaria [que nega o sacrifício remidor]; tolerada na Igreja com alguns pastores também maçons. Foram momentos de grande tensão; mas quem foi rebelde? Quem saiu, ou quem ficou?
A Igreja Batista no Brasil teve sua dissidência liderada pelo pastor Enéas Tognini, no ano de 1965; e a questão principal era o batismo com o Espírito Santo e o falar novas línguas, que os dissidentes diziam haver experimentado, e os tradicionais consideravam uma heresia. Quem foi rebelde? Quem saiu, ou quem ficou?
Os Adventistas do 7º dia tiveram sua maior dissidência no ano de 1932, em Recife/PE, surgindo os Adventistas da Promessa; a questão principal também foi o batismo com o Espírito Santo e o dom de línguas; junto a isso rejeitavam os ensinos e as profecias de Ellen White e se recusavam comemorar o natal da cristandade. Foram considerados hereges. Mas quem foi rebelde? Quem saiu, ou quem ficou?
A maior dissidência das Assembleias de Deus foi provocada por Paulo Leivas Macalão, em 1958 em Madureira/RJ. Eram mais questões administrativas que doutrinárias, mas por algum tempo dizer “sou da Missão”, ou “sou de Madureira” fazia grande diferença. Mas quem foi rebelde? Quem saiu, ou quem ficou?
Nossa Denominação amargou sua primeira dissidência em 1953, com a Igreja Renovadora Cristã, fundada pelo cooperador Aldo Rebelo de Pinheiros/SP; repudiavam o rebatismo e o exclusivismo. Desde então, temos catalogadas 12 dissidências em nível nacional; incluindo a CC do Sétimo dia. Quem foi rebelde? Quem saiu, ou quem ficou?
Quando Jesus foi informado que os discípulos queriam proibir uma dissidência; disse-lhes que não fizessem isso, e completou: “Quem é por nós não é contra nós” (Mc 9:38-40). Quando Paulo foi informado que alguns pregavam a Cristo por inveja, ciúme, discórdias; alguns insinceros, outros de boa mente; disse não importar-se com as motivações, desde que Cristo fosse pregado (Fp 1:15-18).
Como vimos; não se pode simplesmente “carimbar” os dissidentes como hereges. Sermões “inspirados” de duplo sentido sempre haverá. Prefiro o de Paulo: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé” (II Co 13:5).
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